Pesquisar este blog

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

apocalipse desvendando misterios parte 2

APOCALIPSE 10 - REVELATION 10 Pois só quem realmente sofreu as consequencias da injustiça terrível é que pode exigir à Justiça do Único Verdadeiro Deus Fiel que Ama a Vida Sana. Não há mais tempo está Jurado e a Trombeta com todos os segredos foram Revelados e Já Foi Ouvida desde o Arco Íris para o Eterno Cosmo de Amor. Profecia Cumprida: "E jurou por aquele que vive para todo o sempre, o qual criou o céu e o que nele há, e a terra e o que nela há, e o mar e o que nele há, que não haveria mais tempo, mas nos dias da voz do sétimo anjo, quando tocar a sua trombeta, se cumprirá o segredo de Deus, como anunciou aos profetas, seus servos." - Apocalipse 10:6,7 O Plano Secreto de Deus Vi na mão direita do que estava assentado sobre o trono um livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos”. Apocalipse 5:1. Este livro é o propósito eterno de Deus que engloba toda a Criação. É o mesmo livro sobre o qual profetiza Isaías: “Buscai no livro do Senhor, e lede: Nenhuma destas coisas falhará, nem uma nem outra faltará. Pois a sua própria boca o ordenou, e o seu Espírito mesmo as ajuntará” (Is.34:16). O verbo “ajuntar” pode ser sinônimo de “convergir”, “reunir”, “agrupar”. E qual é o propósito eterno de Deus, afinal? Deixemos que Paulo nos responda: “E desvendou-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo, de fazer Convergir em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus (coisas espirituais), como as que estão na terra (coisas materiais).” Efésios 1:10. O livro está escrito por dentro e por fora porque seu conteúdo diz respeito às coisas invisíveis e visíveis, isto é, às realidades espiritual e material, ou no dizer de Paulo, as coisas que estão nos céus, e as que estão na terra. O propósito de Deus não se restringe às coisas espirituais, como crêem alguns. Deus deseja restaurar todas as coisas ao seu estado original. E para isso, Ele determinou que através da Cruz, todas as coisas, tanto as celestiais quanto as terrenas, fossem reunidas em Cristo, a fim de que fossem n'Ele reconciliadas (Col.1:20). Este eterno propósito pode ser encontrado esboçado na oração do Pai Nosso, quando Jesus nos ensina a pedir ao Pai que seja feita a Sua vontade “assim na terra como no céu” (Mt.6:10). Este livro pode ser identificado com as Escrituras Sagradas. Nelas encontramos a revelação dos propósitos divinos. E por quê o livro se apresenta selado, se a Bíblia é, na verdade, um livro aberto e acessível a todos? O fato é que, embora as Escrituras estivessem disponíveis, elas estavam “seladas” no sentido de serem incompreendidas. A parte de fora do livro visto por João podia ser lida por qualquer um, haja vista que o selo protegia somente a parte interior. Qualquer um tinha acesso aos fatos narrados em suas páginas, mas não podia compreender claramente o propósito de Deus por trás desses fatos. A Bíblia não é apenas um livro histórico, mas também meta-histórico; isto é, ela não apenas contém a história, mas revela o propósito eterno de Deus contidos nas entrelinhas de suas narrativas. Repare no que Isaías diz acerca disso: “Pelo que toda visão vos é como as palavras de um livro selado que se dá ao que sabe ler, dizendo: Por favor, lê isto; ele dirá: Não posso; está selado” (Is.29:11). Somente com o rompimento de tais selos, o mistério da vontade de Deus seria revelado. Portanto, o livro é selado por tratar-se de um mistério que jamais poderia ser desvendado pelo homem caído, ainda que estivesse por todo o tempo diante dos seus olhos. João continua o seu relato: “Vi também um anjo forte, bradando com grande voz: Quem é digno de abrir o livro, e de lhe romper os selos? E ninguém no céu, e na terra, nem debaixo da terra, podia abrir o livro, nem olhar para ele. E eu chorava muito, porque ninguém fora achado digno de abrir o livro, nem de o ler, nem de olhar para ele.” Vs.2-4. O próprio João ficou incomodado com o fato de não haver alguém digno de desvendar aquele mistério. Nem entre os anjos, tampouco entre os homens havia alguém que pudesse romper os selos, explicando e deflagrando o seu propósito. “Todavia” prossegue João, “um dos anciãos me disse: Não chores ! Olha, o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos. Então vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes, e entre os anciãos, em pé, um Cordeiro, como havendo sido morto, e tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus enviados por toda a terra” (vs.5-6). Aquele Cordeiro é ninguém menos que o próprio Cristo. Ele venceu para poder romper os selos daquele livro e desvendar-nos o mistério da vontade de Deus. Lucas conta que logo após Sua ressurreição, Jesus deparou-Se com dois dos Seus discípulos, que iam pelo caminho de Emaús. Ambos estavam tristes e decepcionados com as últimas notícias. Para eles, a morte de Jesus tinha sido o fim trágico de um sonho. Mesmo tenho Jesus Se aproximado deles, não O puderam reconhecer. “Então Jesus lhes disse: Ó néscios, e tardios de coração para crer em tudo o que os profetas disseram! Não era necessário que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória? E começando por Moisés, e por todos os profetas, explicou-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras” (Lc.24:25-27). Era necessário que Jesus, o Leão da Tribo de Judá, enfrentasse a morte, e ressuscitasse ao terceiro dia, para que os Seus discípulos entendessem o que até então estava selado diante dos seus olhos. Após o episódio em Emaús, Jesus reuniu-Se com os demais discípulos, e lhes disse: “São estas as palavras que vos falei estando ainda convosco, que era necessário que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos Profetas e nos Salmos. Então lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras, e disse: Eis que está escrito: O Cristo padecerá, e ao terceiro dia ressurgirá dentre os mortos, e em seu nome se pregará o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém” (Lc.24:44-47). No relato apocalíptico, Ele é apresentado como um Cordeiro “como havendo sido morto”, devido ao preço que Ele precisou pagar a fim de poder revelar-nos o mistério de Deus, e desencadear o seu cumprimento. Ele também é apresentado como tendo sete chifres e sete olhos. Dentro do simbolismo bíblico, chifre é autoridade, portanto, se o Cordeiro possui sete chifres ( e sete representa plenitude, totalidade ), Ele tem toda autoridade. Já os sete olhos simbolizam a Onisciência e a Onipresença; Ele vê em todas as direções, e por isso, sabe todas as coisas. Esta passagem comprova a divindade de Cristo, uma vez que, somente Deus é Onipotente, Onipresente e Onisciente. João também diz que os sete chifres e os sete olhos são os sete espíritos de Deus, isto é, a plenitude do Espírito. E Paulo testifica disto quando afirma que “nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Col.2:9). Observe que Ele só poderia ser o Cordeiro de Deus se fosse homem, a fim de morrer pelos nossos pecados. Portanto, em algumas linhas, João nos coloca de frente com um ser sui generis: Jesus Cristo, o Deus-Homem. Somente Ele poderia romper os selos daquele livro, desvendando os seus mistérios, e desencadeando o processo de convergência e restauração proposto por Deus. E João viu quando Aquele Ser magnífico “veio e tomou o livro da mão direita do que estava assentado no trono. Logo que tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos PROSTRARAM-SE DIANTE DO CORDEIRO, tendo todos eles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos” (vs.7-8). Aqueles quatro seres viventes, além de representarem os quatro ângulos da revelação contida no Evangelho, também representam a abrangência da obra restauradora que Deus propusera em Cristo. O número quatro trás em si este significado. Quando se diz “os quatro cantos da terra”, está se dizendo “todos os termos da terra”. Portanto, os quatro seres viventes apontam para a restauração de toda a criação (visível e invisível) à sua ordem original. Já os vinte e quatro anciãos, como já vimos anteriormente, representam a totalidade dos santos das duas alianças. Doze é o número da redenção, ao mesmo tempo em que representa os fundamentos de um povo. A história da redenção é dividida em duas fases, a da Antiga e a da Nova Aliança; uma antes, e outra depois da Cruz. Os vinte e quatro anciãos representam a totalidade da obra redentora de Deus. São os redimidos de todas as eras que formam a base fundamental para a restauração de toda a criação. A Igreja de Deus, que abrange os santos de ambas as alianças, é o instrumento que Ele sua para promover a restauração do mundo. É por isso que Paulo afirma que a criação aguarda com expectativa a manifestação dos filhos de Deus, a fim de que seja libertada da tirania da corrupção. Quando esses anciãos avistaram o Cordeiro, eles se prostraram e O adoraram. “E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos, porque foste morte, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo e nação. Para o nosso Deus os fizeste reino e sacerdotes, e eles REINARÃO SOBRE A TERRA.” Vs.9-10. Os vinte e quatro anciãos, porquanto representem a totalidade da Igreja, formam o grupo dos primeiros a convergirem em Cristo. Por isso mesmo, nós, os santos, somos chamados de “as primícias da Criação”, e recebemos as “primícias do Espírito”. Os anciãos não somente O adoraram, como também expuseram através daquele cântico a razão que os levava a adorá-lO. E a razão é que o Cordeiro comprou para Deus o que se havia perdido. O Cordeiro fez reaver a propriedade de Deus através de Sua morte. Tudo o que foi feito por meio dEle, agora tornava-se para Ele novamente. Em outra passagem lemos que os mesmos vinte e quatro anciãos, “que estão assentados em seus tronos diante de Deus, prostraram-se sobre seus rostos, e adoraram a Deus, dizendo: Graças te damos, Senhor Deus Todo-Poderoso, que és, e que eras, porque tomaste o teu grande poder, e reinaste” (Ap.11:16-17). E de quê forma Deus retomou o que era d'Ele? Comprando homens de toda tribo, língua, povo e nação, tornando-os, por meio de Cristo, reis e sacerdotes para reinarem sobre a terra. Isso já havia sido profetizado por Daniel no Antigo Testamento. Ele relata: “Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e vi que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem. Ele se dirigiu ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele. Foi-lhe dado o domínio, a honra e o reino; todos os povos, nações e línguas o adoraram. O seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino o único que não será destruído... O reino e o domínio, e a majestade dos reinos Debaixo De Todo Céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo. O seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão” (Dn.7:13-14,27). Aleluia! Este é o propósito de Deus para a Sua Igreja: reinar sobre a Terra. Repare na ordem dos fatos: primeiro o Cordeiro comparece diante do Pai, e recebe dEle o Poder; depois aqueles que possuem autoridade prostram-se diante dEle e reconhecem a Sua soberania. Veja agora o que se sucede depois disto: "Então olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos seres viventes, e dos anciãos; e o número deles era milhões de milhões e milhares de milhares, proclamando com grande voz: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor. Então ouvi a TODA CRIATURA QUE ESTÁ NO CÉU, E NA TERRA, E DEBAIXO DA TERRA, E NO MAR, e a todas as coisas que neles há, dizerem: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o poder para todo sempre. E os quatro seres viventes diziam: Amém. E os anciãos prostraram-se e adoraram.” Vs.11-14. Gradativamente, todas as coisas vão sujeitando-se a Cristo. Não só as invisíveis, mas também as visíveis. Uma das coisas mais impressionantes neste texto é a forma como o céu e a terra são apresentados unindo-se para formar um enorme coral em adoração ao Cordeiro. Aos poucos o que parece um caos vai se tornando em harmonia; o barulho se transforma numa orquestra! Cada evento vai encontrando o seu lugar na majestosa sinfonia composta pelo Cordeiro. Nada fica de fora de escopo desta restauração! O reino animal, o reino vegetal, e o reino mineral, se unem para saudar o Rei dos Reis. No capítulo anterior, João diz que viu um trono, e Alguém assentado sobre ele, e “ao redor do trono havia um arco-íris” (4:3). Este arco-íris nos remete ao episódio em que Deus fez uma aliança com Noé, e estabeleceu o arco-íris como símbolo dessa aliança. O que poucos observam é que aquela aliança de preservação não se limita ao ser humano, mas abrange toda a criação. Assim afirmou o Senhor: “Agora estabeleço a minha aliança convosco e com a vossa descendência depois de vós, e com Todos Os Seres Viventes que convosco estão; assim as aves, os animais domésticos e os animais selvagens que saíram da arca, como todos os animais da terra (...) Este é o sinal da aliança que ponho entre mim e vós e entre todos os seres viventes que estão convosco, Por Gerações Perpétuas; O meu arco tenho posto nas nuvens, e ele será por sinal de haver uma aliança entre mim e a terra (...) O arco estará nas nuvens, e eu o verei, para me lembrar da Aliança Eterna entre Deus e todos os seres viventes de todas as espécies, que estão sobre a terra” (Gn.9:9-10,12-13,16). Esta aliança jamais vai caducar, pois é eterna. Não tem prazo de validade a ser vencido. Por ser eterna, ela não perdeu a validade com o lançamento da Nova Aliança, antes foi confirmada. Oséias, profetizando acerca da Nova Aliança, disse: “Naquele dia farei por eles aliança com os animais do campo, com as aves do céu e com os répteis da terra” (2:18). A Nova Aliança diz respeito à salvação do homem, e, por conseguinte, à restauração da ordem criada. O coral só estará completo quando as vozes angelicais, e as vozes humanas unirem-se às vozes de toda criatura, incluindo os pássaros, os répteis, os mamíferos e os peixes. E assim, cumprir-se-á o versículo que fecha o último salmo: “Tudo que tem fôlego louve ao Senhor. Louvai ao Senhor” (Sl.150:6). Selos Rompidos - A Execução dos Propósitos Divinos Há um Deus nos céus, o qual revela mistérios.” Daniel 2:28a Temos visto que o livro selado que é entregue ao Cordeiro contém o propósito de Deus que visa a restauração de todas as coisas. Tal propósito era um mistério que estava oculto desde os tempos eternos, mas que agora nos é revelado por meio do Espírito de Cristo. Para que o propósito de Deus fosse executado, o Cordeiro teria que romper cada um dos sete selos com que o livro estava lacrado. À medida em que fossem rompidos, o propósito divino se desencadearia, passo a passo. Ao romper o primeiro selo, João é convidado por um dos quatro seres viventes a ver “um cavalo branco. O seu cavaleiro tinha um arco, e foi-lhe dada uma coroa, e ele saiu vencendo e pra vencer” (Ap.6:2). Quem seria esse enigmático cavaleiro? Há muita especulação acerca de sua identidade. Há até quem afirme com certeza que se trata do Anticristo ! Partindo do princípio básico de Hermenêutica de que a Bíblia deve interpretar a Bíblia, isto é, de que textos obscuros devem ser compreendidos à luz de outros textos mais claros, podemos afirmar que esse cavaleiro é o próprio Cristo. Não precisamos ir muito longe. Ainda em Apocalipse, no capítulo 19, versículo 11, João vê o mesmo personagem, que ali é identificado como o cavaleiro Fiel e Verdadeiro, que julga e peleja com justiça, “e o nome pelo qual se chama é o Verbo de Deus...Rei dos reis, e Senhor dos senhores” (vs.13,16). Quem mais poderia encabeçar a execução do plano de Deus? Ele é, ao mesmo tempo, o Cordeiro que possibilita a execução dos propósitos divinos, e o primeiro Cavaleiro que aparece no cenário apocalíptico para executar tais desígnios. Mas para não ficarmos somente neste livro, que tal uma breve incursão pelas Escrituras? Em um dos mais belos salmos da Bíblia, encontramos: "Cinge a tua espada à coxa, ó valente; cinge-te de glória e majestade. Nessa majestade cavalga VITORIOSAMENTE, pela causa da verdade, da humildade e da retidão; que a tua destra mostre coisas terríveis . As tuas flechas são agudas no coração dos inimigos do rei; por meio delas os povos caem debaixo de ti. O teu trono, ó Deus, é eterno e perpétuo; o cetro do teu reino é um cetro de equidade.” Salmo 45:3-6. Eis o retrato fiel d’Aquele que, por ser mais valente do que o valente (Satanás), é o único capaz de amarrá-lo e tomar os seus bens (Mt.12:29; Lc.11:21-22; Is.49:24-25). Nosso rei cavalga vitoriosamente pela causa da verdade, da humildade e da retidão! Como disse João, Ele saiu vencendo e pra vencer! E que tal a afirmação paulina de que Deus nos conduz em triunfo através de Cristo Jesus (2 Co.2:14)? Paulo tinha em mente os desfiles triunfais promovidos pelos generais romanos após uma vitória sobre algum exército inimigo. Geralmente, o imperador romano vinha à frente dos seus generais, montado em um deslumbrante corcel branco, enquanto seus inimigos eram exibidos publicamente, amarrados, despojados e humilhados. No pensar de Paulo, Cristo é o Imperador dos céus e da terra, que venceu os seus inimigos e que agora, os exibe publicamente em Seu desfile triunfal. Era isso também que ele tinha em mente quando afirmou que Cristo, “tendo despojado os principados e potestades os expôs publicamente ao desprezo, e deles triunfou na cruz” (Col.2:15). Quando diz que Ele saiu vencendo, está em foco o Seu ministério terreno. Enquanto esteve aqui na terra, Jesus enfrentou o Diabo por diversas vezes, tanto na tentação no deserto, quanto nas vezes em que confrontou-se com demônios que possuíam pessoas, expulsando-os de seus corpos. Quando diz que Ele saiu pra vencer, o foco recai sobre a Sua grande vitória conquistada na Cruz. Foi ali que ele obteve a vitória decisiva sobre o Inferno e a Morte. Esta vitória, embora já obtida na Cruz, é agora proclamada pela Igreja, que vai tomando o terreno antes pertencente ao inimigo. Portanto, compete a Igreja promover o desfile triunfal de Cristo por todos os quadrantes da terra. A vitória da Igreja é, por assim dizer, a confirmação da vitória de Cristo na Cruz. Na Cruz a serpente foi ferida, porém, é sob os pés da Igreja que ela deve ser esmagada (Rm16:20). “Convém que ele (Cristo) reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo dos seus pés” (1 Co.15:25). Por mais que Seus inimigos se levantem contra Ele, “o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão também os que estão com ele, chamados eleitos, e fiéis” (Ap.17:14). O Segundo Selo - O Cavalo Vermelho O primeiro Cavaleiro vem sobre um cavalo branco, o que parece apontar para o fato de que Ele veio trazer paz. Entretanto, os homens rejeitaram o Príncipe da Paz. O próprio Cristo, quando ia chegando à Jerusalém, com imenso pesar e lágrimas nos olhos disse: "Ah! Se tu conhecesses, ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence! Mas agora isso está encoberto aos teus olhos. Dias irão sobre ti e que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, e te sitiarão e te apertarão de todos os lados. Derrubar-te-ão, a ti e a teus filhos que dentro de ti estiverem. Não deixarão e ti pedra sobre pedra porque não reconheceste o tempo da tua visitação.” Lucas 19:42-44. Tendo negligenciado a mensagem do Cavaleiro da Paz, no “tempo da visitação”, os judeus agora experimentariam um dramático período de su-cessivos conflitos e guerras, que culminaria na invasão e destruição de Jerusalém no ano 70 d.C. A própria espada de Deus fora colocada nas mãos de Tito, general romano, para exercer juízo sobre o povo que rejeitara o Príncipe da Paz. Jesus já havia avisado aos Seus discípulos acerca desse tempo: "Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não vos assusteis. É necessário que isto aconteça, mas o fim não será logo. Então lhes disse: Levantar-se-á nação contra nação, e reino contra reino (...) Quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabereis que é chegada a sua desolação” Lucas 21:9-10, 20. A rejeição da paz celestial sempre trará como conseqüência o conflito entre os homens. Só haverá paz entre as criaturas, quando estas estiverem em paz com o seu Criador. Deus sempre anuncia primeiro a misericórdia, para então manifestar Seu juízo. Se Sua misericórdia for rejeitada, o Juízo é inevitável. A Escritura diz que “o juízo será sem misericórdia para aquele que não usou de misericórdia. A misericórdia triunfa sobre o juízo!” (Tg.2:13). O maior gesto de misericórdia da parte de Deus se deu ao enviar-nos Seu Amado Filho Jesus. Ele “veio para o que era seu, mas os seus (judeus) não o receberam” (Jo.1:11). Rejeitada a Paz, só lhes restava a guerra. Rejeitada a misericórdia, só lhes restava o Juízo. O Terceiro Selo - O Cavalo Preto O próximo a entrar em cena é um cavaleiro que monta um cavalo preto, tendo na mão uma balança. De repente, do meio dos seres viventes, ouve-se uma voz: “Uma medida de trigo por um denário, e três medidas de cevada por um denário, e não danifiques o azeite e o vinho” (Vs.5-6). Fica claro que a missão desse cavaleiro é promover a fome e a miséria, resultados óbvios da atuação do segundo cavaleiro. Encontramos em registros históricos, principalmente nos deixados por Flávio Josefo, que os habitantes de Jerusalém, depois de sofrerem o cerco romano por muito tempo, antes da destruição em 70 d.C., en-frentaram uma fome sem precedentes. Josefo conta que eles “comiam até mesmo a sola dos sapatos, o couro dos escudos” e até “feno podre”. Os pais chegavam a comer seus próprios filhos. Os soldados romanos ficavam revoltados quando se deparavam com corpinhos de crianças, ainda não inteiramente consumidos, mas guardados para esse propósito. Sobre isso Jesus também profetizou (Mt.24:7). Ao alimentar uma grande multidão com apenas cinco pães e dois peixinhos, Jesus estava demonstrando que o Pai Celestial também Se preocupa com o sustento material dos Seus filhos. Entretanto, mais importante do que “a comida que perece” é a “comida que permanece para a vida eterna” (Jo.6:27). “Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede” afiançou Jesus (v.35). Os judeus pareciam não entender que somente buscando o Reino de Deus como absoluta prioridade na vida é que as demais coisas são acrescentadas (Mt.6:33). Por haverem invertido a ordem estabelecida por Deus, priorizando os valores materiais em vez dos espirituais, o Juízo de Deus viria sobre eles, privando-os daquilo que eles mais almejavam. Se eles houvessem se alimentado do Pão da Vida que é Cristo, jamais lhes faltaria o pão de cada dia. Com o cerco romano, nenhum dos moradores de Jerusalém poderia sair para comprar mantimentos fora da cidade. Depois de algumas semanas, já não havia qualquer suprimento nos armazéns de Jerusalém. O Quarto Selo - O Cavalo Amarelo Se tão-somente Israel houvesse recebido o seu Rei! A rejeição da paz trouxe a guerra, a guerra trouxe a fome, e esta, por sua vez, trouxe a morte. O único cavaleiro que recebe nome nesta visão é o que monta o cavalo amarelo. Ele chama-se Morte, e é seguido pelo Inferno (Hades). “Foi-lhes dado poder sobre a quarta parte da terra para matar com a espada, com a fome, com a peste e com as feras da terra” (6:8). Não podemos perder de vista que o rompimento de cada um dos selos visa executar o juízo de Deus sobre Israel, por haver rejeitado o seu Messias. Tanto a rejeição por parte de Israel, como os juízos decorridos daí, visam o estabelecimento do propósito de Deus que deve abarcar toda a criação. É sobre isso que Paulo fala, ao afirmar que a queda de Israel é “a riqueza do mundo”, e a sua rejeição é “a reconciliação do mundo” (Rm.11:12,15). Nenhum desses cavaleiros age por conta própria. Eles são agentes do juízo divino sobre a terra (a terra de Israel, lógico!). Até mesmo a Morte e o Inferno não agem com autonomia. Afinal, quem é que Se apresenta logo no início do Livro como tendo as chaves da Morte e do Inferno ( Ver Ap.1:18 )? Compreendendo os Juízos de Deus Embora as misericórdias de Deus sejam infinitas, elas se esbarram em um limite estabelecido pelo próprio Deus. É Ele quem decide quando e com quem deve usar de misericórdia. Foi Ele mesmo que afirmou: “Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia” (Rm.9:15a). Se Ele simplesmente preferir não agir misericordiosamente, Sua justiça em nada é maculada. Ser justo é dar a cada um o que é merecido. Se alguém merece castigo, castigo deve receber. Porém, Deus, em Sua infinita misericórdia, “não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos retribuiu segundo as nossas iniqüidades (...) Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece daqueles que o temem; pois ele conhece a nossa estrutura, e se lembra de que somos pó” (Sl.103:10,13-14). A quem é destinada a misericórdia do Senhor? Àqueles que O temem. Ao agir com misericórdia, muitas vezes Deus nos poupa de colher aquilo que plantamos. Entretanto, há muitos que acham que podem se aproveitar da misericórdia divina para continuar em uma vida de pecados. Os que assim agem estão zombando de Deus. De acordo com a Escritura, “o que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia” (Pv.28:13). Um coisa é pecar eventualmente, outra completamente diferente é viver no pecado. Quem vive no pecado está abusando da misericórdia de Deus, e poderá ser alvo de Seu juízo disciplinador. “Não vos enganeis” adverte Paulo, “de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl.6:7). Deus disciplina o homem ao permitir que ele colha exatamente o que está plantando. Com habilidade inigualável, o apóstolo Paulo demostra claramente como se dá isso. Aqueles que “tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças”, “Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si”(Rm.1:21,24). Quanto àqueles que “mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram a criatura em lugar do Criador (...) Deus os abandonou às paixões infames” (vs.25-26). “Semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, inflamaram-se em sua sensualidade uns para com os outros, homem com homem, cometendo torpeza, e recebendo em si mesmos a penalidade devida do seu erro. E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, ele os entregou a um sentimento pervertido, para fazerem coisas inconvenientes. Estão cheios de toda iniqüidade, prostituição, malícia, avareza, maldade, inveja, homicídio, contenda, engano e malignidade. São murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais e às mães; são néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia. Embora tenham conhecimento da justiça de Deus ( que são dignos de morte os que tais coisas praticam ), não somente as fazem, mas também aprovam os que as praticam” (Rm.1:25a,26-32). Eram essas as condições dos judeus à época de Jesus e de Paulo. Por isso, o Juízo de Deus os atingiu. Devemos tomar isso como exemplo, e atentar às advertências que o Senhor nos faz em Sua Palavra, para que não incorramos nos mesmos erros daqueles que constituíam o povo da Antiga Aliança. “Um abismo chama outro abismo” dizia o salmista (Sl.42:7a). Os judeus rejeitaram o Cavaleiro Fiel, o Príncipe da Paz, e por isso, Deus os entregou aos que montavam os cavalos vermelho, preto e amarelo. Ao rejeitar a paz, os judeus colheram os frutos de suas próprias ações. A Guerra trouxe a Fome, e esta trouxe a Morte. O Quinto Selo: O Clamor dos Mártires “Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que os faça esperar?” Lucas 18:7. O livro que o Cordeiro recebeu das mãos do Ancião de Dias era escrito por dentro e por fora. Isto significa que o propósito de Deus abarca a criação como um todo, tanto a visível, quanto a invisível; tanto a material, e física, quanto a espiritual. Estar escrito por dentro aponta para a realidade invisível aos olhos humanos, portanto, espiritual; enquanto que, estar escrito por fora aponta para a realidade material e visível. O juízo de Deus sobre Israel visava a implementação do Seu eterno propósito para toda a criação visível, incluindo todas as nações da terra. Agora, porém, a atenção de João se volta deste mundo para o mundo invisível. Ele relata: "Quando ele abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que deram.” Apocalipse 6:9. Temos boas razões para acreditarmos que as almas ali vistas eram dos santos que foram martirizados ainda sob a Antiga Aliança. Uma delas é o fato de elas estarem sob o altar de Deus, e não sobre o altar, como estariam os que fossem martirizados sob a Nova Aliança (Fp.2:17). Aqueles santos mártires estavam sob a proteção do Altíssimo, mas ainda não haviam sido recompensados. E o que eles estariam fazendo ali? Estariam dormindo, como defendem aqueles que pregam a doutrina do sono da alma? Absolutamente, não! João diz que eles “clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Soberano, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?” (V.10). Essas orações imprecatórias fazem parte do propósito de Deus. Davi diz em seu salmo que a sua oração seria sempre contra os feitos dos ímpios (Sl.141:5b). Não se trata aqui de orar contra pessoas, mas contra os seus feitos. Orar também é denunciar o que está errado em nossa sociedade; é clamar por justiça (Leia Is.59:4); é conspirar contra as estruturas injustas. Em resposta aos seus anseios, “foram dadas a cada um deles compridas vestes brancas, e foi-lhes dito que repousassem ainda por pouco tempo, até que se com-pletasse o número de seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos, como também eles foram” (v.11). Que significado teriam essas vestes brancas? É ponto pacífico que tais vestes simbolizem a Justiça de Cristo. Foi a morte de Cristo que possibilitou que os santos da Antiga Aliança fossem aperfeiçoados, e recebidos na Plenitude da Glória Celeste. Até aquele momento, eles estavam sob o altar de Deus, mas agora, eles eram aperfeiçoados (lit.completados). Eles são aqueles de quem o Escritor Sagrado diz que “experimentaram escárnios e açoites, e até algemas e prisões. Foram apedrejados; foram tem-tados; foram serrados pelo meio; foram mortos ao fio da espada. Andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, aflitos e maltratados ( dos quais o mundo não era digno ), errantes pelos desertos e montes, e pelas covas e cavernas da terra. E todos estes, embora tendo recebido bom testemunho pela fé, contudo não alcançaram a promessa. Deus havia provido coisa superior a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados” (Hb.11:36-40). Embora o clamor daqueles santos chegasse a Deus, eles somente seriam aperfeiçoados a partir do momento em que, na Cruz, Cristo fizesse provisão completa pelos santos de todas as eras. Podemos então compreender o motivo pelo qual, sem nós, eles não seriam aperfeiçoados. Na Cruz, Cristo atraiu para Si os santos de todas as eras, e com uma só oferta os aperfeiçoou para sempre (Hb.10:14). Por meio de Cristo, tanto nós que vivemos sob a Nova Aliança, quanto os que viveram sob a Antiga, alcançamos a plenitude. Fomos aperfeiçoados; atingimos a maturidade espiritual. No dizer de Paulo, o sacrifício de Cristo nos fez idôneos à parte que nos cabe da herança dos santos na luz (Col.1:12). E mais: “Nele estais aperfeiçoados”, garante o apóstolo (2:10). Agora, os santos de todas as eras formam um só grupo: A universal assembléia, formada pelos espíritos dos justos aperfeiçoados (Hb.10:23). Podemos ainda compreender isso de outro ângulo: os santos que morreram sob a Antiga Aliança só seriam atendidos e vindicados, quando fossem “completados” em seu número. “Aperfeiçoar” também significa completar. A galeria dos heróis da fé não estaria completa enquanto não fosse completada pelos mártires da Nova Aliança. Assim, podemos entender o aperfeiçoamento dos santos da Antiga Aliança como sendo a obra realizada pelo sacrifício da Cruz, e ao mesmo tempo como sendo a totalidade dos que deveriam experimentar martírio semelhante aos que eles experimentaram. Uma vez completado o número daqueles que deveriam morrer por causa do testemunho de Cristo naqueles dias ( que precederam a queda de Jerusalém ), a medida dos pecados de Israel teria chegado ao seu limite, e a ira de Deus cairia sobre o povo que O rejeitara. Jesus falou claramente sobre isso: "Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Edificais os sepulcros dos profetas, adornais os monumentos dos justos e dizeis: Se estivéssemos vivos no tempo de nossos pais, não teríamos sido cúmplices seus no derramar o sangue dos profetas. Assim, vós mesmos testificais que sois filhos dos que mataram os profetas. ENCHEI VÓS, POIS, A MEDIDA DE VOSSOS PAIS. Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do Inferno? Portanto, eu vos envio profetas, sábios e escribas. A uns matareis e crucificareis; a outros açoitareis nas vossas sinagogas e os perseguireis de cidade em cidade. Assim recairá sobre vós todo o sangue justo derramado sobre a terra, desde o sangue do justo Abel até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias, a quem matastes entre o santuário e o altar. Em verdade vos digo que todas estas coisas hão de vir sobre esta geração. Jerusalém, Jerusalém! Que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e tu não quiseste Agora a vossa casa ficará deserta.” Mateus 23: 29-38. Caberia àquela geração completar a medida de iniqüidades praticadas pelas gerações anteriores. Paulo parece corroborar com tal pensamento ao escrever aos crentes Tessalonicenses: "Padecestes de vossos próprios concidadãos o mesmo que eles padeceram dos judeus, os quais mataram o Senhor Jesus e os seus próprios profetas, e a nós nos perseguiram. Eles não agradam a Deus, e são contrários a todos os homens, e nos impedem de falar aos gentios para que estes sejam salvos. Desta forma sempre enchem a medida de seus pecados. A ira de deus caiu sobre eles afinal.” I Tessalonicenses 2:14b-16. Foram os mártires da igreja primitiva que completaram o número daqueles que deveriam sofrer até que a medida dos judeus fosse completada, e o juízo de Deus os atingisse. Paulo se achava uns dos tais, e por isso não hesitava em declarar que cumpria em sua carne “o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a Igreja” (Col.1:24). Não devemos supor que o sofrimento de Paulo, ou de qualquer outro crente primitivo tivesse algum valor expiatório; cumprir o resto das aflições de Cristo era completar o número daqueles que deveriam morrer por causa do testemunho de Deus, para que assim, o clamor dos antigos mártires fosse respondido, e o juízo de Deus executado. Por isso, Jesus avisou aos Seus discípulos: "Mas antes de todas estas coisas, lançarão mão de vós, e vos perseguirão entregando-vos às sinagogas e às prisões, e conduzindo-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome. Isto vos acontecerá para testemunho (...) Na vossa perseverança ganhareis as vossas almas. Quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabereis que é chegada a sua desolação (...) Pois dias de vingança são estes, para que se cumpram todas as coisas que estão escritas (...) Haverá grande aperto na terra, e ira sobre este povo. Cairão ao fio da espada, e para todas as nações serão levados cativos. Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos deles se completem.” Lucas 21: 12-24. Ao se completar o número daqueles que deveriam ser martirizados por amor de Cristo, o número de testemunhas estaria completo, e o Tribunal de Deus seria armado, para que Jerusalém, agora conhecida como a Grande Prostituta, fosse julgada.[1] O juízo só viria sobre Israel quando todos os tronos fossem ocupados, e o Tribunal estivesse devidamente armado. Jesus havia prometido aos Seus apóstolos: "Assim como meu Pai me confiou um reino, eu o confio a vós, para que comais e bebais à minha mesa no meu reino, e vos assenteis sobre tronos para julgar as doze tribos da Israel.” Lucas 22:29-30. No ano 70 d.C., quando o Juízo de Deus foi executado sobre Israel, todos os apóstolos, inclusive Paulo, já haviam morrido, com exceção de João. Parece-nos possível que tenha sido Paulo aquele que completou o número, para que todos os tronos estivessem ocupados (simbolicamente eram 24 tronos, sendo 12 para os santos da Antiga Aliança e os outros 12 para os da Nova Aliança). O fato de João ter sido o único apóstolo vivo durante a invasão e destruição de Jerusalém já havia sido predito por Jesus (leia João 21:22-23; Mt.16:28 e ainda Mt.10:23). A Grande Tribulação sofrida pela Igreja primitiva forneceu os mártires que deveriam testemunhar diante do Tribunal de Deus contra a Cidade que se prostituiu com os reis da terra. Daniel também profetizou sobre isso. Referindo-se ao Império Romano, que seria o último grande império a levantar-se antes do advento do Reino de Deus, Daniel diz que ele destruiria “os santos do Altíssimo” e que eles seriam “entregues nas suas mãos” por algum tempo. “Mas o tribunal se assentará em juízo, e lhe tirará o seu domínio para o destruir e para o desfazer até o fim. O reino e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo” (Dn.7:25-27). Através da Igreja, não somente Israel seria julgado, como também o próprio Império Romano, que fora o agente do Juízo de Deus sobre Israel. E assim, cumprir-se-ia o que fora dito por Isaías: “Ai de ti destruidor (...) quando parares de destruir serás destruído” (Is.33:1). Jamais aquele Império poderia imaginar que enquanto perseguia os crentes, e os matava, estava, na verdade, preenchendo cada cadeira do tribunal que o sentenciaria à destruição. Por isso, os cristãos primitivos eram entregues a morte esboçando alegria em suas faces. Eles sabiam que sendo fiéis até a morte, eles receberiam a coroa da vida (Ap.2:10). Cristo lhes havia garantido que os que vencessem, perseverando até o fim, receberiam autoridade sobre as nações, e com vara de ferro as regeria, quebrando-as como são quebrados os vasos de oleiro (Ap.2:26-27). Diante de tais promessas, não poderia ser outra a postura de Paulo diante de sua morte. Ele escreveu a Timóteo: "Quanto a mim, já estou sendo derramado como libação, e o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. DESDE AGORA, A COROA DA JUSTIÇA me está guardada, a qual o Senhor, JUSTO JUIZ, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.” II Timóteo 4:6-8. É claro que Paulo não está se referindo à vinda de Jesus para o estabelecimento do Juízo Final. Ele está falando sobre Sua Vinda em Juízo sobre Israel. Naquele “dia”, Paulo e todos os santos receberiam a Coroa da Justiça para julgar Israel, e todas as nações da Terra. Esta Coroa da Justiça pertence à Igreja como um todo. Nós, a Igreja de Cristo, estamos assentados nos lugares celestiais em Cristo, e nos foi dado o poder de julgar e de exercer autoridade sobre todas as nações (Ap.20:4; Ef.2:6; Rm.5:17). “O Senhor se agrada do seu povo” exclama o salmista, “ele coroa os humildes com a salvação. Exultem os santos de glória, e cantem de alegria nos seus leitos. Estejam na sua garganta os altos louvores de Deus, e espada de dois gumes nas suas mãos, para tomarem vingança das nações e punirem os povos, para prenderem os seus reis com cadeias, e os seus nobres com grilhões de ferro, para executarem contra eles o juízo escrito. esta é a glória de todos os santos” (Sl.149:4-9). Aleluia! O SEXTO SELO: Colapso nas Estruturas “Todo o exército dos céus se dissolverá, e os céus se enrolarão como um livro; todo o seu exército cairá, como cai a folha da vide, e como cai o figo da figueira.” Isaías 34:4. O clamor dos mártires foi ouvido! Ao romper o sexto selo, catástrofes ocorrem, e a ordem é subvertida. Tudo começa com um grande terremoto. No capítulo 16, lemos acerca deste mesmo abalo sísmico. Sua amplitude foi tamanha que João afirma que nunca antes tinha havido tão poderoso terremoto. Como resultado, “a grande cidade fendeu-se em três partes, e as cidades das nações caíram (...) Todas as ilhas fugiram, e os montes não mais se acharam” (v.19-20). O objetivo de Deus ao provocar tal abalo é fazer com que os homens se sintam inseguros naquilo em que estão firmados. De repente, o que parecia sólido como uma rocha, se torna como areia movediça. Nada pior do que sentir o solo mover-se sob os nossos pés! Imagine o que é uma cidade partir em três! Tudo aquilo em que o homem confiava, desmorona diante dos seus olhos. Além do terremoto, é dito que “o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua como sangue” (6:12). O escurecimento do sol aponta para a desordem social, e o descrédito nas instituições governamentais. Aquilo que deveria ser motivo de orgulho para o povo, torna-se em sua maior vergonha. Cilício significa isso: vergonha, opróbrio. Um saco de cilício (cinzas) é o que sobrou de alguma coisa que já se queimou. Assim estava Jerusalém antes de sua queda. Seu povo vivia da saudade dos tempos áureos, quando o sol ainda ardia em todo o seu esplendor. Agora, tudo o que havia restado eram cinzas. Foi-se a glória de Israel. Quanto à lua, aponta para a ordem religiosa. Ela tornou-se como sangue porque o que deveria unir as pessoas, agora era motivo de guerra entre elas. Desde há muito tempo, as pessoas se matam por causa de suas convicções religiosas. Até mesmo o altar do Templo em Jerusalém foi testemunha de assassinatos covardes em nome da religião. Sem ordem civil e religiosa, o povo cai! Por isso é dito que as “estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira, sacudida por um vento forte, deixa cair os seus figos verdes” (v.13). Se não houver instituições civis e religiosas confiáveis, o povo perderá sua identidade e sucumbirá. Foi o que aconteceu com o povo de Israel. Seus líderes se prevaricaram, e se venderam aos romanos. Nem a casta sacerdotal era confiável. Jesus a acusou de ter transformado o Templo em um “covil de salteadores”. Como se não bastasse tudo isso, “o céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola” (v.14). Os judeus rejeitaram a Cristo, e por isso, já não deveriam esperar nada do céu. O que havia vindo do céu para eles já não estava entre eles para os livrar. Um pergaminho só era enrolado quando já não havia nada para ler ou escrever. A história de Israel como o povo da aliança havia sido encerrada ali. Deus já não tinha nenhum propósito específico para aquele povo em especial. Caberia à Igreja dá prosseguimento à saga do verdadeiro Israel. Não aquele segundo a carne, mas aquele que é segundo a fé que teve Abraão (Gl.3:7,28-29; 6:16; Rm.2:28). Além disso tudo, é dito que “todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares. Os reis da terra, os grandes, os chefes militares, os ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes, e diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro.” Quando a desordem é instaurada, o status quo é ameaçado. As ideologias acabam servindo de abrigo e esconderijo para proteger os interesses de algumas classes. Se o Monte do Senhor aponta para a base da Igreja de Deus, que é a revelação de Deus em Cristo, os montes que são removidos dos lugares representam as ideologias sobre as quais as sociedades estão construídas. Todas elas serão abaladas. E as cavernas nesses montes, onde os homens se escondem são a suas posições sociais, que procuram manter a qualquer custo. Uma passagem que encontra paralelo com esta é a encontrada em Isaías 2. Ali é dito que “nos últimos dias se firmará o monte da casa do Senhor no cume dos montes, e se engrandecerá por cima dos outeiros; concorrerão a ele todas as nações (...)Vai, entra nas rochas, esconde-te no pó, de diante da presença espantosa do Senhor e da glória da sua majestade. Os olhos do homem arrogante serão abatidos, e o orgulho dos homens será humilhado; só o Senhor será exaltado naquele dia. O dia do Senhor dos Exércitos será contra todo soberbo e altivo, e contra todo o que se exalta, para que seja abatido (...) contra todos os montes altos, e contra todos os outeiros elevados (...) Os homens se meterão nas cavernas das rochas, e nas covas da terra, por causa da presença espantosa do Senhor, e por causa do esplendor da sua majestade, quando ele se levantar para sacudir a terra (..._) Parai de confiar no homem, cujo fôlego está no seu nariz. Em que se deve ele estimar?” (Is.2:2,10-12,14,19,22). Enquanto o Monte do Senhor se firma, os montes sobre os quais a humanidade está estabelecida são abalados e removidos do seu lugar. As ideologias ruem, e os homens não encontram outra alternativa senão buscar refúgio em suas posições sociais. Os montes sobre os quais os homens se alojaram simbolizam toda altivez e sofisma elaborados para proteger o seu status quo. Um dos principais motivos que levaram os sacerdotes a conspirarem contra Jesus para tirar-Lhe a vida, era que Ele constituía uma ameaça ao seu status quo. João nos descortina a cena em que tramaram a morte do Senhor: "Então os principais sacerdotes e os fariseus convocaram uma reunião do Sinédrio, e disseram: Que faremos? Este homem realiza muitos sinais miraculosos. Se o deixarmos prosseguir assim, todos crerão nele, e virão os romanos e tomarão o nosso lugar e a própria nação.” João 11:47-48. Em outras palavras: - Se este tal Jesus continuar como está, daqui a pouco nós vamos perder as mordomias que o império romano nos concede. Por isso, a presença de Jesus incomodava tanto aquela casta. Algo tinha de ser feito. Eles pensavam que entregando Jesus às autoridades romanas, estariam comprovando sua lealdade a César. Quando Pilatos viu que as acusações contra Cristo eram infundadas, procurou soltá-lO, mas os judeus insistentemente gritavam: “Se soltares a este, não és amigo de César. Qualquer que se faz rei se opõe a César.” Pilatos ainda tentou convence-los: “Hei de crucificar o vosso Rei? Responderam os principais sacerdotes: Não temos rei, senão César” (Jo.19:12,15). Tal atitude não comprovava sua fidelidade a César, mas assegurava sua posição confortável diante do império romano. Entre Jesus e Barrabás, preferiram conceder liberdade ao segundo, e crucificar o primeiro. E isto, porque Barrabás era somente um ladrão, que ameaçava apenas suas propriedades. Já Jesus constituía uma ameaça muito maior, pois colocava em risco a posição deles. Entre um e outro, era preferível ver Barrabás solto, e Jesus crucificado. Além do mais, para aqueles religiosos soberbos, ter um monstro como Barrabás a solta, fazia com que o povo os olhasse como verdadeiros santos. Ter alguém como ele por perto os fazia sentir-se bem consigo mesmos. A monstruosidade de um fazia sobressair a “justiça” dos outros. Enquanto que, ter Jesus por perto os fazia sentir o quão maus eram aos olhos de Deus. Enquanto Jesus percorria a via crucis, avistou algumas mulheres que choravam, e lhes disse: “Filhas de Jerusalém, não choreis por mim, chorai antes por vós mesmas, e por vossos filhos. Pois virão dias em que dirão: Bem-aventuradas as estéreis, os ventres que não geraram e os peitos que não amamentaram! Então dirão aos montes: Caí sobre nós, e os outeiros: Cobri-nos” (Lc.23:28-30).

apocalipse desvendando misterios parte 1

A Visão do Trono de Deus e a Corte Celestial “Depois destas coisas, olhei, e vi que estava uma porta aberta no céu, e a primeira voz que ouvi, como de som de trombeta falando comigo, disse: Sobe para aqui, e te mostrarei as coisas que depois destas devem acontecer. Imediatamente fui arrebatado em espírito, e um Trono estava posto no céu, e Alguém assentado sobre ele.”Apocalipse 4:1-2. Depois de presenciar e registrar a avaliação de Deus acerca das igrejas da Ásia, João é subitamente arrebatado em espírito ao céu. É lhe dito que a partir daquele momento, ele assistiria ao que deveria suceder ao mundo, após Deus ter começado o Seu juízo por Sua própria Casa, a Igreja. Uma vez que a Casa estava em ordem, chegara a hora de julgar as nações, começando por Israel, e sua capital, Jerusalém.· O Significado de Sua Aparência Embora João não se preocupe em nos dar a identidade d’Aquele que estava no Trono, podemos afirmar com convicção, que se trata do próprio Senhor Jesus, em Seu estado de glória. João se limita a descrever a aparência d’Aquele glorioso ser: “E o que estava assentado era, na aparência, semelhante a uma pedra de jaspe e de sardônio” (v.3a). · O Sardônio Para entendermos o significado destas pedras preciosas, preci-samos recorrer ao Antigo Testa-mento. Em Êxodo 28:15-21 lemos que o peitoral usado pelo Sumo Sacerdote exibia doze pedras preciosas, arrumadas em quatro fileiras, que simbolizavam as doze tribos de Israel. A primeira delas era o sardônio, uma pedra de cor avermelhada, e que tinha gravado o nome de Rúben, o primogênito de Israel. A pedra vermelha como sangue aponta para a expiação realizada por Cristo na Cruz, em Sua primeira vinda. Por causa de Sua morte e ressurreição, Ele foi chamado de “o primogênito dentre os mortos” (Col.1:18; Ap.1:5). Cristo é o “primogênito” do Novo Israel, e da Nova Criação, assim como Rúben era o primogênito dos filhos de Jacó. Ser o primogênito Lhe confere uma posição de primazia sobre a herança de Deus. Referindo-se ao Filho, o escritor de Hebreus diz que Deus o “constituiu herdeiro de tudo, por quem fez o mundo (...) ao introduzir o primogênito no mundo, diz: E todos os anjos de Deus o adorem” (Hb.1:2b, 6b). Infelizmente, muitos entendem de maneira errada a herança que Deus legou a Cristo, e que por sua vez, foi estendida a nós. A maioria dos cristãos buscam espiritualizar esta herança. É verdade que as Escrituras falam de uma “herança incorruptível, incontaminável e imarcescível, guardada nos céus” (1 Pe. 1:4), porém esta herança guardada nos céus é ninguém menos que Cristo. Mas as Escrituras também afirmam que Deus, o Pai, disse a Cristo: “Pede-me, e eu te darei as nações por herança, e os fins da terra por tua possessão” (Sl.2:8). Uma vez que somos co-herdeiros com Ele, podemos inferir que o mundo também é nossa herança (Rm.8:17). Paulo diz que Abraão recebeu de Deus a promessa de que seria “herdeiro do mundo” (Rm.4:13); logo, “se sois de Cristo, então sois descendentes de Abraão, e herdeiros conforme a promessa” (Gl.3:29). Portanto, o sardônio, a pedra de Rúben, aponta para a primogenitura de Cristo, e Sua primazia sobre toda a Criação, tanto a material, quanto a espiritual. Cristo é, ao mesmo tempo, o Herdeiro e o Testador (Aquele que compõe o testamento que consta a herança). Basta lermos com atenção a passagem que se segue, para termos uma nova compreensão acerca da morte de Cristo: "Onde há testamento, necessário é que intervenha a morte do testador, porque um testamento só é confirmado onde houve morte; ou terá ele algum valor enquanto o testador vive?” Hebreus 9:16-17. O sardônio também aponta para a morte de Cristo, através da qual o Testamento foi confirmado, e a herança foi legada àqueles que O reconhecem como Senhor e Herdeiro de tudo. Ele morreu como testador, e ressuscitou como o primogênito da Nova Criação. · O Jaspe Última pedra preciosa que compunha o peitoral do Sumo Sacerdote era o jaspe, que trazia o nome de Benjamim, a última das tribos de Israel. Fica claro aqui que a aparência d’Aquele que estava no trono representa o cumprimento do propósito de Deus para a Criação como um todo. Ele é o primeiro e o último, o Alfa e o Ômega, o autor e consumador de todas as coisas. Se o sardônio simboliza Sua primeira vinda, através da qual Ele fez a expiação dos nossos pecados, e confirmou o testamento, o jaspe simboliza Sua segunda vinda, quando Seu propósito restaurador será concluído. Ele começou a boa obra, e há de consumá-la até o dia final. · A Esmeralda Além disso, é dito que “ao redor do trono havia um arco-íris semelhante, na aparência, à esmeralda” (Ap.4:3). No peitoral do Sumo Sacerdote, a esmeralda era a pedra de Judá, a tribo de onde viria o Rei. É interessante frisar que o arco-íris contém sete cores, enquanto que, a esmeralda é de cor verde. Como conciliar uma coisa com a outra? Tanto o arco-íris, com suas sete cores distintas, quanto a verde esmeralda possuem um significado comum: esperança. Aqui, o arco-íris aparece em uma forma completa. Não se trata de um arco, propriamente dito, mas de um círculo perfeito. Talvez, o lado inferior do círculo nada mais seja do que o reflexo do arco-íris no “mar de vidro, semelhante ao cristal” que havia diante do trono (v.6a). Se for assim, podemos dizer que o arco-íris (do lado superior do trono) é a Nova Aliança, cujo reflexo se vê na Antiga Aliança. Tal interpretação encontra apoio em passagens como aquela que claramente afirma que “a lei, tendo a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas” (Hb.10:1a). Referindo-se às ordenanças contidas no Velho Pacto, Paulo diz: “Tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir” (Col.2:17a). Devido à conexão entre o arco-íris ao redor do trono e a esmeralda, que representa Judá, a tribo de onde Jesus originou-Se segundo a carne, podemos inferir que a realidade por trás deste símbolo é o Reino de Deus, que vem aos homens como cumprimento de Sua promessa, contida tanto no Velho quanto no Novo Pacto. Na Antiga Aliança, o Reino se manifestou de forma figurativa através de Davi, e seus sucessores; mas na Nova Aliança, este Reino se manifesta em plenitude, através d’Aquele que é, ao mesmo tempo, o Filho de Deus, e o Filho de Davi. O arco-íris também aponta para uma nova ordem, que por sua vez, emerge da ordem até então estabelecida. Uma vez que esta velha ordem é alvo do juízo divino, e recebe os golpes de Seu Cetro de Justiça, faz-se mister que uma nova ordem seja instaurada, assim como foi nos dias de Noé. Deus fez uma aliança com toda a Criação após o Dilúvio, garantindo que jamais voltaria a destruí-la novamente. Agora, Deus confirma tal aliança, e assegura que a Nova Criação começada em Cristo jamais poderá ser banida. É bem verdade que a atual criação geme, como se estivesse com dores de parto, porém, nutrindo a esperança de que a corrupção que a mantém cativa há de ser desfeita, assim que os filhos de Deus forem manifestados (Rm.8:19-22). Até aqui encontramos três pedras preciosas: o sardônio, simbolizando a obra feita na Cruz em Sua primeira Vinda; o jaspe, simbolizando Sua Vinda em glória no último dia; e a esmeralda representando o Seu reino agora. Assim sendo, nestas três pedras encontramos Aquele que era, que é, e que há de vir. Como disse o escritor sagrado: “Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente” (Hb.13:8). Ele é o princípio, o meio, e o fim. Como Rúben, Ele é o primogênito (Hb.1:6), a origem de tudo; como Judá, Ele é Aquele que reina, “mediante quem tudo existe” (Hb.2:10), “sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder” (Hb.1:3). E como Benjamim, Ele é o último, “aquele, para quem são todas as coisas” (Hb.2:10). Resumindo: “Dele, por ele e para ele são todas as coisas” (Rm.11:36a). Todas as coisas são dEle, porque Ele é o primogênito (Criador). Todas existem por meio dEle, porque Ele é quem as governa e sustenta (Rei); e finalmente, todas as coisas são para Ele, porque Ele é o fim objetivo de tudo o que há (Herdeiro). A Corte Celestial “Pois quem nos céus é comparável ao Senhor? Entre os seres celestiais, quem é semelhante ao Senhor? Deus é sobremodo tremendo na assembléia dos santos e temível sobre todos os que o rodeiam.” Salmos 89:6-7. A atenção de João se volta para a realidade em torno do Trono de Deus. “Ao redor do trono” diz o apóstolo vidente, “havia vinte e quatro tronos, e vi assentados sobre os tronos vinte e quatro anciãos, vestidos de branco, que tinham nas suas cabeças coroas de ouro” (Ap.4:4). Quem seriam eles, ou, o quê eles representariam? Para respondermos a estas intrigantes indagações, teremos que fazer uma breve incursão pelas páginas das Escrituras. Em seu registro profético, Daniel conta ter visto quando “foram postos uns tronos, e um Ancião de Dias se assentou. A sua veste era branca como a neve, e o cabelo da sua cabeça como lã puríssima (...) Assentou-se o Tribunal, e abriram-se os Livros (...) foi dado o Juízo aos Santos do Altíssimo, e chegou o tempo em que o santos pos-suíram o reino” (Dn. 7:9a, 22b). Partindo do princípio de que a Bíblia deve interpretar a Bíblia, concluímos por este texto que os vinte e quatro anciãos são agentes do Juízo de Deus. Trata-se de um tribunal armado com o obje-tivo de manifestar o veredicto divino. Surge, então, a seguinte questão: quem com-poria este tribunal? Ao ser indagado por Pedro acerca do destino daqueles discípulos que haviam deixado tudo para segui-lO, Jesus lhe respondeu: “Em verdade vos digo que vós os que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentarei sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel” (Mt.19:28). Se levarmos em conta esta declaração feita por Cristo, chegaremos à identidade de pelo menos doze dos vinte e quatro anciãos. Trata-se dos doze apóstolos do Cordeiro, que, ao redor do trono de Deus, representam a totalidade do povo da Nova Aliança. E quanto aos outros doze? Por inferência, podemos afirmar que são os doze patriarcas das tribos de Israel. Em sua descrição da Cidade Celestial, João faz a conexão entre cada um desses dois grupos. Ali é dito que sobre as doze portas da Nova Jerusalém estão “os nomes das doze tribos dos filhos de Israel” (21:12), enquanto que “o muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles estavam os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro” (v.14). Feita a conexão, não fica dúvida de que os vinte e quatro anciãos sejam os cabeças do velho e do novo Israel, e representam a totalidade dos remidos do Senhor, sob ambas as alianças. Foi por ter a convicção de que aos santos seria confiado o juízo, que Paulo indagou aos seus leitores Coríntios: “Não sabeis vós que os Santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois indignos de julgar as coisas mínimas? Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida?” (1 Co.6:2-3). O Juízo de Deus, como já vimos, deve começar pela Igreja. Não se trata de um juízo com objetivo condenatório, mas disciplinar (1 Co.11:32). Com a Sua própria Casa em ordem, Deus agora passa a julgar as nações do mundo, começando por Israel. Por fim, há o julgamento dos anjos, do qual a Igreja também deve participar ativamente. Mais adiante vamos tratar deste importante tema novamente. Basta, por enquanto, entendermos que os vinte e quatro anciãos representam os santos da Antiga e da Nova Aliança. O Juízo emitido por Deus e executado por esses anciãos é prefigurado no verso 5, onde lemos que “do trono saíam relâmpagos, vozes e trovões”. Além disso, é dito que “diante do trono ardiam sete lâmpadas de fogo, as quais são os sete espíritos de Deus. Também havia diante do trono como que um mar de vidro, semelhante ao cristal” (vs.5b-6a). As sete lâmpadas apontam para o fato de que o Espírito de Deus perscruta todas as coisas. Ele é, no dizer de Paulo, “a luz que a tudo manifesta” (Ef.5:13b). O mar de vidro aponta para a transparência que as coisas possuem aos olhos do Supremo Juiz. “Não há criatura alguma encoberta diante dele” argumenta o autor sagrado, “todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele a quem havemos de prestar contas” (Hb.4:13). · Os Quatro Seres Viventes Entra em cena algumas das mais enigmáticas figuras do Apocalipse. Segundo João, havia “ao redor do trono, um ao meio de cada lado, quatro seres viventes cheios de olhos por diante e por detrás. O primeiro ser era semelhante a um Leão, o segundo semelhante a um Touro, o terceiro tinha o rosto como de Homem, e o quarto era semelhante a uma Águia Voando” (Ap.4:6b-7). Estas quatro figuras simbolizam a Revelação Plena de Deus no Evangelho de Jesus Cristo. O Evangelho é a base pela qual os homens serão julgados. Paulo diz que Deus “tomará vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao Evangelho de nosso Senhor Jesus” (2 Ts.1:8b). E mais: “Isto sucederá no dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por meio de Jesus Cristo, segundo o meu Evangelho” (Rm.2:16). Estes quatro seres viventes são os Guardiães do Mistério de Deus, apresentados em Isaías 6 como Serafins, em Ezequiel 1:10, e 10:20 como Querubins. Não importa o nome que recebam, e sim a função que exercem. Na revelação de Isaías, os seres viventes cobriam seus rostos com suas asas, porque o Mistério ainda não deveria ser revelado. Mas na visão de João, os quatro seres viventes estavam cheios de olhos por diante e por detrás. Isso se dá porque “o mistério que estivera oculto dos séculos e das gerações; agora, todavia, se manifestou aos seus santos” (Col.1:26). Paulo chama este mistério de “Mistério do Evangelho” (Ef.6:19b). Em outra passagem, Paulo sintetiza este mistério, e arremata: "É, sem dúvida alguma grande é o mistério da piedade: Aquele que se manifestou em carne, foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, e recebido acima na glória.” 1 Timóteo 3:16. Neste único verso, encontramos os quatro seres viventes, simbolizando os quatro ângulos do mistério do Evangelho. Primeiro, Paulo diz que Cristo manifestou-Se em carne. Aqui vemos a figura do “Homem”. A encarnação é o começo da revelação do Evangelho. Em segundo lugar, Paulo afirma que Cristo foi justificado em espírito, o que aponta para Sua morte vicária, simbolizada na figura do “Touro”. Pedro diz que Ele foi “morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito” (1 Pe.3:19). Em seguida, Paulo diz que ao ser justificado no espírito (ressurreição), Ele foi visto dos anjos, pregado aos gentios e crido no mundo; uma clara alusão à Sua condição de “Leão”. Aqui o Evangelho é apresentado como o Evangelho do Reino, que apresenta às nações o Cristo-Rei, que veio estabelecer Seu império no mundo. Finalmente, o apóstolo diz que Cristo foi recebido acima na glória, significando a ascensão, exaltação e entronização do Filho de Deus. Nesta declaração, encontramos a figura da “Águia”. Depois de um vôo rasante, a águia volta ao seu ninho de origem nas alturas. Depois de passar por cada etapa da chamada Kenósis (grego: esvaziamento) descrita por Paulo em Filipenses 2:5-8, Jesus retorna à Sua glória original (Jo.17:5), sendo exaltado soberanamente, e recebendo um nome que é sobre todo o nome (Fp.2:9-11). Convém salientar que o quarto ser visto por João tinha a aparência de uma águia voando, o que dá a idéia de dinamismo, movimento. O Reino de Deus não é algo estático, mas que deve se manifestar de maneira crescente, até que alcance a plenitude da Terra. Jesus explicou isso em parábolas. Em uma delas, Ele diz que “o reino dos céus é semelhante ao grão de mostarda que um homem tomou e semeou no seu campo. Embora seja a mais pequena de todas as sementes, contudo, quando cresce, é maior do que todas as hortaliças, e se transforma em árvore, de sorte que vêm as aves do céu e se aninham nos seus ramos. Outra parábola lhes disse: O reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher toma e introduz em três medidas de farinha, até que tudo seja levedado” (Mt.13:31-33). O que estas parábolas têm em comum com a águia voando? Ambas falam do Reino como uma realidade em franca expansão. O destino da águia são as alturas da terra. E este é também o destino dos cidadãos do Reino de Deus. O que Deus fez com Israel é um sinal daquilo que fará com Sua Igreja: "Como a águia desperta a sua ninhada, adeja sobre os seus filhotes e, estendendo as suas asas, toma-os, e os leva sobre as asas, assim só o Senhor o guiou, e não havia com ele deus estranho. Ele o fez cavalgar sobre as alturas da terra...” Deuteronômio 32:11-13a. Não há mais de um Evangelho. O que existem são os vários ângulos de um mesmo Evangelho. Expressões como “Evangelho da Graça”, “Evangelho do Reino”, “Evangelho Eterno”, “Evangelho da Salvação”, apontam para os vários aspectos do mesmo Evangelho, apresentado por Mateus, Marcos, Lucas, João. Antigos manuscritos do Novo Testamento trazem gravuras que vinculam os seres viventes do Apocalipse aos quatro evangelhos. Geralmente trazem Marcos sentado sobre um leão; Lucas, sobre um touro; Mateus, sobre um homem; e João sobre uma águia. Há certa verdade por trás desta compreensão, haja visto que, cada um desses escritores sagrados enfatizou uma característica da missão de Cristo. Marcos, por exemplo, sequer registra o nascimento de Jesus, demonstrando assim que, sua ênfase não recai sobre a encarnação, mas sobre o Reino de Cristo. A prova disso é que, as primeiras palavras que Marcos coloca nos lábios de Jesus são: “O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho” (Mc.1:15). Portanto, parece correto traçar um paralelo entre o Evangelho Segundo Marcos com a figura do Leão de Apocalipse. A preocupação de Mateus é a de apresentar Jesus como o “Filho do Homem” (ex.:Mt.24:30), e por isso, faz questão de detalhar a Sua genealogia, e Sua gestação, enfatizando assim a Sua humanidade. Nada mais justo do que relacionar o Evangelho Segundo Mateus com a figura do ser vivente cujo rosto era de um Homem. Já Lucas registra várias profecias do sofrimento e da morte de Cristo, e dedica muito espaço a isso, mostrando que tudo o que Jesus passou visava o cumprimento de tais profecias. À luz disso, parece-nos correto identificar o Evangelho Segundo Lucas com a figura do Touro (Em tempo: o Touro era um dos animais sacrificados de acordo com as prescrições da Lei. Hb.9:13; 10:4). Finalmente, chegamos a João, e percebemos a sua insistência em apresentar-nos Cristo como Aquele que existe desde a Eternidade (Jo.1:1), sendo, na verdade, igual ao Pai (Jo.10:30). João não parece preocupado com os detalhes que envolveram o nascimento de Jesus. Sua preocupação é a de ressaltar a divindade de Cristo. É também ele quem registra a oração em que Jesus pede ao Pai para que retornasse à Sua glória original (17:5). Diante disso, fica óbvio o motivo pelo qual os crentes primitivos associavam o Evangelho de João com o ser vivente cuja aparência era a de uma Águia voando. · Adoração e Reconhecimento João diz que “os quatro seres viventes tinham, cada um, seis asas, e ao redor, e por dentro, estavam cheios de olhos. Não descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, e que é, e que há de vir. Quando os seres viventes davam glória, honra e ações de graça ao que estava assentado sobre o trono, ao que vive para todo o sempre, os vinte e quatro anciãos prostravam-se diante do que estava assentado sobre o trono, e adoravam ao que vive para todo o sempre, e lançavam as suas coroas diante do trono, dizendo: Digno és, Senhor nosso e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, pois tu criaste toda as coisas, e por tua vontade existem e foram criadas” (Ap.4:8-11). Aprendemos com isso que, o objetivo do Evangelho é glorificar ao Deus Triúno, e não ao homem. É por isso que Paulo o chama de “o Evangelho da Glória de Deus” (2 Co.4:4). É a glória que o Evangelho confere a Cristo que faz com que os vinte e quatro anciãos, que representam o povo de Deus em sua totalidade, se prostrem e adorem a Deus. Ao se prostrarem diante d’Aquele que ocupa o Trono, os anciãos lançavam suas coroas aos Seus pés, reconhecendo que toda a autoridade que possuíam derivava-se d'Ele, e que por isso, Ele era o único digno de receber a glória, a honra e o poder. Tal dignidade se deve principalmente ao fato de Ele ter criado todas as coisas por Sua própria vontade. Aqui aprendemos que a adoração que os anciãos fazem é consciente, racional, e deve ser o protótipo do culto que prestamos a Deus (Rm.12:2) Eles sabiam a razão pela qual prestavam culto ao Cristo de Deus. Não o faziam por mero formalismo ou emocionalismo irracional. Sua atitude de reconhecimento e entrega encontra eco na instrução dada por Paulo aos crentes Romanos: “Portanto, rogo-vos, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm.12:2). Culto racional é todo aquele que encontra uma razão de ser. Pedro diz que devemos estar preparados para responder a todo aquele que nos pedir a razão da esperança que há em nós (1 Pe.3:15). O Apocalipse não se preocupa apenas em pintar um quadro onde os seres celestiais e terrenos adoram a Deus, mas também se preocupa em explicar a razão que os leva a agir assim. Em outras palavras: não basta freqüentar uma igreja, é preciso entender o “por quê” devemos fazê-lo. Não é suficiente que dizimemos, é necessário que saibamos a razão pela qual separamos a décima parte de nossa renda para depositarmos no gazofilácio da obra de Deus. Qualquer atitude de culto deve ser respaldada em razões objetivas, sob pena de ser mero ritualismo, fanatismo ou emocionalismo.

pesadelos o que diz a biblia

Em primeiro lugar , o que é um pesadelo e quando ele ocorre? Pesadelo é um sonho perturbador associado com sentimentos ruins, como ansiedade e/ou medo. Os sonhos e pesadelos acontecem durante o período do sono conhecido como REM, um pouco antes da pessoa acordar. Pesadelos são comuns e, quando são ocasionais, não há com o que se preocupar. Os pesadelos são definidos como sonhos que produzem uma resposta emocional negativa forte, como medo ou horror. Os que sofrem com pesadelos geralmente acordam em um estado de extrema angústia, até mesmo ao ponto de uma severa resposta física – batimento cardíaco acelerado, transpiração profusa, náuseas - e muitas vezes não conseguem voltar a dormir por algum tempo. As causas dos pesadelos são variadas. As crianças, por causa de suas imaginações ativas, são propensas a pesadelos, alguns tão graves que acordam gritando e chorando. Incidentes extremos destes também são referidos como “terrores noturnos”. Comer certos alimentos muito perto da hora de dormir pode desencadear um pesadelo, assim como ver filmes de terror. Ir para a cama angustiado com as circunstâncias da vida ou depois de uma briga ou discussão também pode causar pesadelos por causa da atividade contínua do cérebro durante o sono. Não há dúvida de que os pesadelos podem ser extremamente perturbadores, mas há algum significado espiritual para eles? Sonhos e visões são mencionados na Bíblia, e Deus às vezes usou o estado de sonho para se comunicar com os seus profetas e outros. Deus falou com Abimeleque, em Gênesis 20, advertindo-o para não tocar na mulher de Abraão, Sara. Outros sonhos incluem a escada de Jacó (Gênesis 28); o sonho de José de que os seus irmãos iriam lhe servir, o que causou a sua prisão no Egito (Gênesis 37); o sonho de José sobre Faraó (Gênesis 40-41), o qual o levou a ser o segundo homem mais poderoso do Egito. O Senhor ou o Seu anjo apareceu a outros na Bíblia, incluindo Gideão (Juízes 7), Salomão (1 Reis 3), Nabucodonosor (Daniel 2), Maria (Mateus 1), José (Mateus 2) e a esposa de Pilatos (Mateus 27). Nenhum desses sonhos, no entanto, pode realmente ser chamado de um pesadelo. Sendo assim, parece que Deus não fala com as pessoas através de pesadelos. Algumas pessoas acham que Satanás ou os seus demônios estão se infiltrando em suas mentes durante os pesadelos, mas não há nada na Bíblia que justifique isso. Não há incidentes bíblicos de forças demoníacas se comunicando com as pessoas durante os sonhos ou pesadelos. Muito provavelmente, os pesadelos não são nada mais do que a maneira do cérebro de contender com os nossos medos e preocupações, uma vez que continua a funcionar durante os ciclos do sono. Se um cristão experimenta pesadelos contínuos e frequentes que estão interrompendo o sono e causando perturbação emocional em uma base regular, talvez ajuda médica seja necessária. Mas, como em todas as coisas, a oração é a nossa arma mais poderosa contra qualquer tipo de estresse emocional ou espiritual. Orar por quinze ou vinte minutos antes do sono é a forma mais eficaz para acalmar a mente e o coração e para se preparar para um sono repousante. Como em todas as coisas, Deus concede sabedoria para aqueles que a buscam (Tiago 1:5), e Ele também prometeu a Sua paz a todos os que a procuram. "Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus" (Filipenses 4:6-7). creditos gotquestions.org