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sábado, 14 de janeiro de 2012

Mandrágora
Mandragora officinarum L.
Mandragora officinarum L.
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Solanales
Família: Solanaceae
Género: Mandragora
Espécie: M. officinarum

Nome binomial
Mandragora officinarum
L.
Commons
O Commons possui multimídias sobre Mandrágora


plantas biblicas

A mandrágora (Mandragora officinarum L.) é uma planta da família das Solanaceae.

São-lhe atribuídas propriedades medicinais: afrodisíaca, alucinógena, analgésica e narcótica.

O uso da raiz da planta é muito antigo, encontrando-se citado nos textos bíblicos em Gênesis 30:14 e Cantares 7:13. Segundo lendas medievais, as raízes da mandrágora deveriam ser colhidas em noite de lua cheia, puxadas para fora da terra por uma corda presa a um cão preto; se outro animal ou pessoa fizesse esta tarefa, a raiz "gritaria" tão alto que o mataria.

Seus frutos, semelhantes a uma pequena maça, exalam um odor forte e fétido.[carece de fontes?]

Outra lenda refere que a mandrágora tinha como semente o Sêmen de um homem enforcado.
Na ficção







Antigo livro de medicina natural, falando sobre a Mandrágora
Essa planta também foi citada por Shakespeare em Romeu e Julieta, e acredita-se que o remédio que Julieta tomou para fingir estar morta tenha sido extraído dela.
Também é citada em Conquista Sangrenta (Flesh & Blood), filme dito como o primeiro dirigido por Paul Verhoeven nos Estados Unidos, mesmo sendo totalmente rodado na Europa. Em uma cena Steven, interpretado por Tom Burlinson e Agnes, Jennifer Jason Leigh, se apaixonam, logo após comer da raiz de mandrágora nascida do esperma caído ao chão de um homem nu enforcado.
Também é citada em Harry Potter, onde são citadas suas raízes, que devido à aparência, deu-lhe a fama de se assemelhar à uma figura humana que grita ao ser retirada do solo. Na saga, poção de mandrágora pode curar petrificação.
Na série Mahou Sentai Magiranger existe um personagem chamado Mandra Boy, que se assemelha á uma mandrágora, e que logo no terceiro episódio (no qual participa efetivamente) aparece sendo puxado de dentro de um vaso deixando suas raízes de fora. Isso faz o Mandra Boy soltar um grito ensurdecedor, deixando os Magiranger caídos no chão.
Citada também no jogo Ragnarok para o computador, nele ela é um monstro que ataca com suas raízes, tem a aparência parecida com victreebel do anime Pokémon, mas com uma caveira no meio.
Citada também no jogo Odin Sphere para o console Playstation 2, onde deve-se arrancá-las do solo para a confecção de poções com diferentes finalidades.
No mangá (história em quadrinhos japonesa) Mx0, as mandrágoras assumem forma "humana" devido a estarem em um fictício campo mágico, também referindo-se ao fato da sua forma se assemelhar à figura humana.
Citada na música "Poisoner", do album Poison ( 2009 ),da banda Ali Project.
É citada no livro Kiki Strike e A Cidade das Sombras,em que pessoas são drogadas por uma bebida que contém a ação narcótica da Mandrágora.
No desenho Cavaleiros do Zodiaco: Hades, a saga dos Elisios, existe um espectro chamado Queen de Mandragora.
Na música "Moonchild", do álbum Seventh Son of a Seventh Son da banda britânica Iron Maiden, é citada no refrão.
Na música "Mandrake", do álbum Dead Again da banda Dinamarquesa Mercyful Fate.
Na música "Tears of a Mandrake", do álbum Mandrake [1], da banda alemã Edguy.
Na música "Pagã" do album Dona De Mim (1986) de Tania Alves [2]
No jogo online Tibia, você pode obter uma mandrágora (mandrake) matando o boss das Carnephilas.
Na cidade fictícia de Sistinas, um homem cria uma mulher à partir da Mandrágora e diversos fluídos, para ser sua companheira, numa versão erótica do mito de Pigmalião e Galatéia [3]
No em jogo Castlevania 64, é usada em combinação com o elemento "Magical Nitro" para causar grandes explosões.
No jogo Ultima Online existem 'Mandrake Roots', usados como reagentes(ingredientes) de diversas poções.
No livro A Mandrágora, de Nicolau Maquiavel, que conta histórias de manipulações políticas.
No primeiro episódio da terceira temporada do seriado Merlin (BBC) como feitiço para enlouquecer o Rei Uther. A planta grita se forma silimar à do filme Harry Potter e a Câmara Secreta.
No livro Mandrágora de Luís Costa Pires é o nome da personagem principal nascida também sob os efeitos da raíz da planta comida pela mãe.
No Conto/filme " O Labirinto do Fauno" a raiz, como explica Fauno, que sempre desejou ser um Humano, é entregue à Ofélia para que seja colocada em uma vasilha junto com leite, onde a garota irá alimenta-la com duas gotas de sangue, a fim de curar a mãe.
No game online ragnarok é usada como criatura para derrotar e os itens que deixa podem ser usados em fabricações de poções
No Game Grand Chase,Mandragora tomava forma de uma planta monstra,era encontrada no modo caçada(Season 1) com a exclusão do modo o monstro tambem foi excluido,no jogo ela tinha a forma parecida com o Victreebel do anime Pokemon












Mandrágora

O veneno dos amantes



Planta venenosa da família das solanáceas,
 a mesma da beladona e do meimendro,
a mandrágora (Mandragora officinarum)
contém alcalóides como a atropina e a escopolamina.
É nativa do Mediterrâneo. Erva de caule muito curto,
emite uma roseta de folhas, de cujo centro se alteiam as
hastes das flores, de cor entre o violeta e o azul. A raiz principal freqüentemente se bifurca e, sendo grossa e carnuda,
assemelha-se a duas coxas. Para aumentar essa
semelhança, os feiticeiros a esculpiam e
acrescentavam
detalhes, como se vê em gravuras medievais que ilustram
seu suposto poder afrodisíaco. Ora, uma vez aceito que
uma planta pudesse tem um corpo humano "perfeito",
o próximo passo era supor que pudesse receber
um espírito, ou a força vital de um homo sapiens vivente...
Segundo H.P. Blavastky, "no Catecismo
dos drusos da Síria" os homens foram criados
pelos "Filhos de Deus", que desceram à Terra e,
depois de colherem sete mandrágoras,
animaram as raízes até que se convertessem
em homens (Doutrina Secreta, II, 30, ed. Inglesa)
. Dados dispersos no Glossário Teosófico
informam que a planta se revela "especialmente
eficaz na magia negra" (Doutrina Secreta, 11, 30)
e, apesar do preparo de "bebidas ou filtros" ser
o uso mais cotado entre os "vários fins ilícitos",
alguns ocultistas "da mão esquerda" chegariam
a fazer homúnculos com ela.
O nome hebraico para as mandrágoras (dudhaim)
é formado pela mesma raiz de "amor". Este é outro
motivo para que, em
algumas partes do Oriente Médio, esta planta ainda
seja considerada como afrodisíaco capaz de excitar
o amor e aumentar a fertilidade humana. O Glossário
Teosófico fornece uma interpretação metafísica
politicamente correta onde, "em linguagem cabalística"
, dudhaim corresponde à união do "manas superior e
inferior" ou da Alma e do Espírito, duas coisas "unidas
em amor e amizade (dodim)". Mas a intenção que
personagens bíblicas tiveram ao consumir a planta
foi bem diferente. Em Gênese 30:14-15, Raquel,
esposa de Jacó, negocia a oportunidade de usufruir
os direitos conjugais de seu marido por uma noite
com sua irmã Lia, em troca de alguns frutos de
mandrágoras. Desta relação conturbada nasceu
Issacar. Também, numa cena de romântico
erotismo do Cântico dos Cânticos,
a amada afirma a reciprocidade de seu amor levando
seu amante para pernoitar no campo onde
"as mandrágoras exalam seu perfume"
(Cântico 7:14). A tradição colocou
este fruto em relação com o nascimento de José.
Vem, meu amado, vamos ao campo,
pernoitemos sob os cedros; madruguemos pelas vinhas,
vejamos se a vinha floresce, se os botões estão se abrindo,
se as romeiras vão florindo: lá te darei meu amor...
As mandrágoras exalam seu perfume;
À nossa porta há de todos os frutos:
Frutos novos, frutos secos,
que eu tinha guardado,meu amado, para ti.

Cântico dos Cânticos, 7:12-1
  • Os antigos, como os medievais, conheciam
  • o poder da raiz desta planta. A tradição
  • greco-romana daria outros usos à planta. 
  • Nos tempos de Cristo, a comprida raiz 
  • castanha da mandrágora era usada como 
  • anestésico nas operações. Platão cita o preparo 
  •  da mandrágora como fármaco entorpecente
  •  ao descrever um motim. "Algumas vezes", 
  • quando marinheiros disputam
  •  pela influência, tendo em vista o favor do dono
  • do navio, "se não são eles que o convencem, mas 
  • sim outros, matam-nos, a esses, ou atiram-nos pela 
  • borda fora; reduzem 
  • a impotência o verdadeiro dono com a mandrágora, 
  •  a embriaguez ou qualquer outro meio"
  •  (A República, 488c). Com o tempo,
  •  as receitas foram se tornando cada 
  • vez mais insólitas. Dizia-se, por exemplo, que a colheita
  • da mandrágora exigia providências profiláticas, pois a 
  • planta não devia ser tocada. A raiz era arrancada em noite 
  • de luar, com uma corda atada a um cachorro preto, após 
  • um ritual e orações. Segundo a crença, se colhida sem essas
  • precauções, a mandrágora soltava um grito terrível, capaz de
  • matar ou enlouquecer quem o ouvisse. Se obtida à maneira ritual, 
  • contudo, a raiz possuía poderes mágicos e 
  • servia para tomar fecundas
  • as mulheres estéreis. A Mandrágora já foi 
  • considerada como uma cura
  • para a loucura e uma droga exorcisante por se pensar
  • que os demônios não toleravam o seu cheiro. Outrora, 
  •  as verrugas eram esfregadas com uma batata, 
  • que a seguir tinha de ser deitada fora. Então, 
  • à medida que o tubérculo apodrecia, acontecia
  • o mesmo com a verruga! O Glossário Teosófico
  • diz-nos que os antigos germanos veneravam ídolos
  • fabricados com a raiz de mandrágora. "Daí seu nome
  • de alrunes, derivado da palavra alemã Alraune 
  • (mandrágora). Aqueles que possuíam em sua
  • casa uma dessas figurinhas, acreditavam-se felizes,
  • pois elas velavam pela casa e por seus moradores, 
  • preservando-os de todo mal, e prediziam o futuro,
  • emitindo certos sons ou vozes. O possuidor de
  • uma mandrágora, além disso, obtinha 
  • bens e riquezas, através de sua influência".
  • As mandrágoras de Lia

  • "Hás de estar comigo, porque certamente te aluguei
  • pelas mandrágoras de meu filho. E com ela deitou-se
  • Jacó aquela noite." Gênesis 30:16


  • As mandrágoras exalam perfume, e às nossas portas
  • há toda sorte de excelentes frutos, novos e velhos; 
  • eu os guardei para ti, ó meu amado. Cantares 7:13

  • Poucas plantas foram tão capazes quanto esta de
  • excitar a imaginação e até mesmo o inconsciente 
  • dos homens. Durante vários milênios e até numa
  • época recente, a mandrágora foi considerada a planta 
  • sagrada por excelência.

  • Os assírios a empregavam como soporífero e
  • analgésico, talvez até se servissem dela como 
  • anestésico — o que fez, bem mais tarde, o ilustre
  • Dioscoride, cirurgião militar grego no exército de 
  •  Nero, que utilizava a mandrágora durante suas intervenções cirúrgicas
  • . E sob esse aspecto que, a partir do século V a.C., é apresentada pelo grande Hipócrates que, ao estudar cuidadosamente seus efeitos, especificou que, em pequenas doses, a mandrágora combatia efetivamente a angústia e a depressão.
  • Tomada em quantidade maior, ela provoca estranhas impressões sensoriais, próximas à alucinação. Em doses ainda mais elevadas, a mandrágora exerce uma ação sedativa, depois sonifera e finalmente leva a um sono profundo, acompanhado de uma completa insensibilidade. Em resumo, a mandrágora seria provavelmente o mais antigo dos nossos anestésicos. Mas foi também um dos primeiros afrodisíacos conhecidos. Curiosamente é com esse renome e como apta a favorecer a concepção, que a mandrágora figura na Bíblia.

  • O fato é que Teofrasto, sábio e filósofo grego, relata as práticas no mínimo estranhas que deviam acompanhar a colheita da planta. Só podiam fazê-lo à noite. Primeiro o herborista se inclinava na direção do sol poente e homenageava as divindades infernais, isto é, as forças telúricas. Depois, com uma espada de ferro que nunca servira, ele traçava três círculos mágicos em volta do pé da mandrágora, ao mesmo tempo que virava o rosto para se preservar das emanações nocivas que poderiam fazer inchar o corpo se não se tomasse a precaução de protegê-lo com óleo. Em seguida era melhor não proceder pessoalmente à colheita, pois no momento em que era arrancada, a planta lançava um grito que matava ou enlouquecia aquele que o ouvisse. Por isso, depois de ter cuidadosamente tapado os ouvidos com cera, o herborista amarrava um cão à planta e lhe jogava um pedaço de carne um pouco além do seu alcance. O cão corria e caía morto. Mas a mandrágora estava arrancada.

  • Concorda-se que uma colheita tão perigosa merecia uma grande retribuição. Mas que importância tinha, já que a mandrágora reembolsava largamente seu comprador. Bastava fechá-la num cofre para que ela dobrasse o número de moedas que ele continha. Assim, desde essa época a mandrágora se tornara uma espécie de ludião ctoniano, de egrégora antropóide, como efetivamente o mostrava a estranha forma de sua raiz. Se a mandrágora, como muitas espécies de regiões com chuvas primaveris seguidas de uma longa seca estival, só deixa emergir do solo uma roseta de folhas muito grandes, sua touceira chega até 60cm de profundidade. Ela é marrom-escura por fora e branca por dentro e curiosamente bifurcada, evocando vagamente um tronco prolongado por coxas. Com um pouco de imaginação é possível encontrar nessa raiz, que os pitagóricos chamavam Anthropomorphon, uma silhueta humana, com uma cabeça um pouco acima do nível do solo e coroada por uma opulenta cabeleira, as folhas, principalmente, como às vezes acontece, se duas outras raízes adventícias se colocam no alto dos membros anteriores. E claro que as raízes mais procuradas e as mais caras eram as que lembravam melhor a forma humana, principalmente quando o sexo estava aparente, pois havia mandrágoras macho e mandrágoras fêmea. Diziam até que certos mágicos conseguiam “animar” essas raízes, isto é, fazer delas verdadeiros homúnculos.

  • Finalmente, a mandrágora se identificava com esses demônios que, nos contos e lendas, se submetem ao poder do homem, garantindo-lhe uma extraordinária prosperidade, mas que um dia precisa ser paga e na maioria das vezes com a salvação eterna. Na Idade Média, essa planta, cujo nome em grego significa simplesmente nociva aos estábulos, isto é, ao gado, chama-se em francês “mão de glória”, enquanto seu nome em alemão e em inglês arcaico a identificava a uma fada dos antigos germanos, Alruna. Garantia de prosperidade, assegurando ao seu proprietário o sucesso no amor e em todos os seus empreendimentos, a mandrágora, tornando-se talismã universal, era alvo de um proveitoso e misterioso comércio. Para lhe dar a aparência desejada, chegaram a cultiva-la em potes que serviam de fôrmas, a podar e até a esculpir sua raiz; por fim e principalmente, os charlatões a criaram inteiramente, utilizando para isso as raízes de briônia que eles talhavam, inserindo, nos lugares convenientes, grãos de cevada ou de painço que, depois de germinados, formavam tufos de pêlos. Esse comércio durou quase até nossos dias: na década de 30, era possível comprar essas mandrágoras nas lojas de departamentos de Berlim.

  • Na Idade Média, a fama da mandrágora vinha principalmente do fato de pertencer às plantas que entravam na composição dos filtros mágicos. Apesar do uso extravagante que fizeram dela, a mandrágora possui realmente propriedades singulares. Muito tóxica, ela é um anestésico tão poderoso que quem o experimenta aparenta estar morto; é provavelmente um afrodisíaco, mas certamente um produtor de visões, de alucinações e de delírios, podendo levar até à demência, como já notara Hipócrates.

  • Portanto, os poderes que lhe atribuíam se baseavam em observações reais, mas o que nos interessa aqui é a interpretação que o inconsciente coletivo deu a esses sintomas. Tudo leva a crer que outrora identificaram a mandrágora com os espíritos dos mortos. Para começar, seu antigo nome em latim, Au-opa, depois dado à beladona, de propriedades comparáveis. A mandrágora é encontrada enterrada e desenterrá-la constituía uma espécie de sacrilégio, imediatamente punido de morte; em outras palavras, só se podia reanimar um morto em troca de uma outra vida. Se então serviam-se de um cão é que este, em todas as mitologias, está associado à morte, ao mundo subterrâneo, onde ele guia seu dono defunto. Uma crença muito espalhada durante toda a Idade Média vem aliás confirmar essa interpretação: a planta nasceria sob as forcas, do esperma dos enforcados. Essa tradição relaciona a mandrágora à “mão de glória” que não era outra que uma verdadeira mão de enforcado, submetida, durante uma cerimônia mágica, a uma espécie de mumificação. O poder da planta, que conjuga morte e sexualidade, residiria assim no fato que esse sêmen desperdiçado seria, em suma, recuperado em proveito do feliz proprietário da raiz. Além disso, é sabido que para o espírito arcaico, a concepção só acontecia depois da penetração, na matriz, da alma disponível de um morto, de um antepassado.

  • Como é encontrada na natureza? Primeira surpresa: não existe apenas uma mandrágora, mas duas. A mandrágora oficinal, ou seja, de uso médico (Mandragora officinalis), mandrágora fêmea, chamada assim abusivamente, pois ambas são igualmente hermafroditas, cresce na Europa meridional e abunda principalmente na Caláb ria e na Sicilia. Suas flores violáceas aparecem no outono enquanto que as da outra espécie são primaveris e de um branco esverdeado. A mandrágora primaveril (Mandragora vernalis) é considerada como macho e seu habitat é mais nórdico. A mandrágora macho difere também da fêmea por sua raiz mais espessa, esbranquiçada por fora como por dentro, pelo cheiro muito mais pronunciado, nauseabundo, obcecante, em suma, temível, que espalham suas folhas e suas flores; finalmente, seu fruto é muito maior, tendo a aparência de uma pequena maçã amarela e exalando um perfume doce e suave. São os frutos dessa espécie que os antigos egípcios acreditavam ser afrodisíacos, tradição retomada pelos árabes que os chamavam de “maçãs do diabo”, em razão dos sonhos excitantes que eles provocavam, mas também de “ovos dos gênios”.

  • Apesar dos botânicos nos garantirem que as propriedades das duas plantas são iguais, pode-se duvidar, pois os mágicos faziam a diferença entre a mandrágora macho e a mandrágora fêmea e utilizavam de preferência a primeira, enquanto a antiga medicina empregava a mandrágora fêmea. Portanto podemos nos indagar se um estudo comparado das duas espécies não poderia nos revelar segredos que, por prudência e medo, foram perdidos.



Mandrágora acorrentada a um dos
cães utilizados para extrair as raízes
do solo, Século XII

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