FÉ CRISTÃ | | A
Comissão Episcopal da Educação Cristã (CEEC) publicou na sexta-feira
passada uma “nota pastoral” em que manifesta a sua preocupação com as
“dificuldades” que se colocam às famílias, incluindo “leis civis” que
não as respeitam, antes as “agridem”. “Se este processo não for
contrariado, a família vai-se tornando, pouco a pouco, uma instituição
frágil, desagregada e socialmente irrelevante”, pode se ler. O documento
lança a celebração da Semana Nacional da Educação Cristã, que vai
decorrer entre 2 e 9 de outubro, este ano sobre o tema «Família,
transmissão e educação da fé». Os bispos da CEEC destacam a “missão da
família cristã no processo educativo dos filhos e na transmissão e
educação da fé” e como “espaço de valores morais, de oração,
reconciliação, abertura a projetos de vida e a compromissos
apostólicos”. “A família tem mais dificuldade em se encontrar como
família, e, também, como família cristã, diminuindo, sempre mais, a sua
capacidade para responder aos novos desafios que se lhe põem e para
realizar as suas tarefas fundamentais”, alerta a nota. A nota pastoral
indica que uma das tarefas da família, “de importância decisiva para a
sociedade e para a Igreja, é o dever irrenunciável dos pais da educação
dos seus filhos em todos os aspetos e da transmissão da fé”. Nesta
Semana Nacional de Educação Cristã, a CEEC quer “sublinhar a importância
da ligação entre família e educação da fé”. Em particular, o documento
deixa uma chamada de atenção “às famílias que continuam a dizer-se
cristãs, mas que, conservando uma expressão religiosa tradicional,
deixaram empobrecer a sua ligação a Deus e à Igreja, uma atitude que, em
alguns a aspetos, acaba por atingir os seus filhos”. Admitindo que o
“dia a dia de muitas famílias é hoje complexo e difícil”, os bispos
afirmam que “catequese na paróquia e aula de Educação Moral e Religiosa
nas escolas são atos complementares, que não se substituem um ao outro”.
“O programa da catequese paroquial, ao longo de dez anos, e o do ensino
religioso nas escolas ao longo de doze anos, precedidos ambos do
despertar da fé no seio da família e no Jardim de Infância, não
dispensam a participação possível dos pais no processo educativo”,
refere a CEEC. O documento conclui-se com votos de que a Semana Nacional
de Educação Cristã “constitua um estímulo e um contributo para as
famílias cristãs e para as comunidades educativas, paróquia e escola”.
“Que a catequese e o ensino religioso, com a colaboração necessária dos
pais, dos catequistas e dos professores de Educação Moral e Religiosa,
constituam um contributo valioso na formação humana e cristã das
crianças e dos jovens”, concluem os bispos da comissão episcopal para a
educação.
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