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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Terry Jones cumpre ameaça e queima Alcorão

Ele havia dado um prazo para que o governo iraniano libertasse Yousef Nadarkhani




  • O pastor Terry Jones cumpriu a ameaça que fez e diante de sua igreja, em Gainesville, Flórida, queimou um exemplar do Alcorão e ainda uma imagem de Maomé para protestar contra a prisão de Yousef Nadarkhani.
    No sábado venceu o prazo que Jones havia dado ao governo iraniano para que libertassem Nadarkhani que está preso desde 2009 por ter trocado o islã pelo cristianismo. Cerca de 20 pessoas acompanharam o ato dentro da igreja.
    Quando determinou um prazo para a soltura do pastor iraniano, o Pentágono chegou a pedir que Terry Jones não queimasse o Alcorão, pois no ano passado essa mesma atitude fez com que as tropas americanas fossem atacadas pelo povo afegão que se revoltou com atitude dele.
    Mas Jones não ouviu as autoridades americanas e resolveu queimar o livro sagrado dos muçulmanos. Em seu discurso ele incentivou uma “revolução pacífica” não só nos Estados Unidos como em todo o mundo pela liberdade de expressão e religiosa.
    “Não devemos continuar permitindo que a nossa liberdade de expressão seja silenciada e nem que nossos direitos sejam retirados. É tempo de nos insurgirmos. E hoje fá-lo-emos”, disse o americano que deixou claro que estava queimando o Alcorão em protesto.
    “Não seremos mais silenciados. Não ficaremos mais indiferentes e não estaremos mais apaziguados. Hoje, vamos queimar o livro profano, ímpio e pervertido do islão, e o profano, maléfico, dito profeta, Maomé”, concluiu ele.
    A polícia local assistiu a encenação do pastor e lhe aplicou uma multa de US$271 porque em Gainesville é proibido por lei queimar livros sem autorização. Mas o governo americano ainda teme ataques às suas tropas no Afeganistão.



    Em nova carta, Yousef Nadarkhani pede orações e condena Terry Jones

    Pastor iraniano está preso desde 2009 por deixar o Islã e se tornar cristão




  • O pastor iraniano Yousef Nadarkhani, tornou-se um ícone da perseguição religiosa no mundo desde que foi preso em outubro de 2009. Mesmo encarcerado, ele conseguiu enviar uma carta ao grupo que ajuda os perseguidos, o Ministério Verdade Presente. Essa não é a primeira vez que ele faz isso.
    Em sua carta mais recente, ele fala de sua situação atual, sua dedicação e sinceridade diante de Deus, além de refletir sobre a perseguição que sofre. Também demonstra seu descontentamento com atitudes como a do pastor Terry Jones, que queimou um Alcorão como protesto pelo seu encarceramento. Nadarkhani, 34, foi preso ao protestar contra a obrigatoriedade do ensino do islamismo na escola de seus filhos. Depois, as acusações foram mudadas para apostasia e tentativa de evangelizar muçulmanos.
    Recentemente, o Centro Americano de Lei e Justiça recebeu a notificação de uma ordem de execução de um tribunal iraniano contra o pastor. Isso chegou a gerar especulações sobre sua morte já ter ocorrido. Algo desmentido oficialmente pelo governo do Irã.
    Este mês, o advogado Mohammad Ali Dadkhah, que estava disposto a defender Yousef foi condenado a nove anos de prisão por “agir contra a segurança nacional, espalhando propaganda contra o regime ao manter livros proibidos em sua casa”.
    O caso de Yousef tem ganhado atenção internacional sobre a violação de direitos humanos e da liberdade religiosa por parte do Irã. Diversos países se manifestaram publicamente contra a prisão e pediram sua liberdade, inclusive o Brasil.
    A esposa do pastor, Fatema Pasindedih, e seus filhos, Daniel e Yoel, aguardam sua liberação.
    Leia na íntegra a carta de Yousef enviada ao Ministério Verdade Presente:
    Saudações do seu servo e irmão mais novo em Cristo, Yousef Nadarkhani.
    Para: Todos os que estão envolvidos e preocupados com minha situação atual.

    Em primeiro lugar, gostaria de informar a todos os meus amados irmãos e irmãs que estou em perfeita saúde na carne e no espírito. Eu tento ver as coisas de uma maneira um pouco diferente dos outros durante estes dias e considerar isso como o dia do teste e do julgamento de minha fé. Durante estes dias que são difíceis para eu provar minha lealdade e sinceridade diante de Deus, estou tentando fazer o melhor que posso para agir de acordo com o que eu aprendi dos mandamentos de Deus.
    Eu preciso lembrar meus amados, embora meu julgamento esteja se estendendo há tempo, e na carne eu desejo que esses dias terminem. Mas ainda preciso me render à vontade de Deus.
    Eu não sou uma pessoa envolvida com política nem entendo de cumplicidade política, mas sei que embora existam muitas coisas em comum entre as diferentes culturas, também há diferenças entre as culturas de todo o mundo. Isso pode resultar em críticas e, na maioria das vezes, a resposta a esta crítica vai ser dura. O resultado é que apenas aumentam os nossos problemas.
    De vez em quando sou informado sobre as notícias que estão se espalhando na mídia sobre a minha situação atual. Por exemplo, receber apoio de várias igrejas e políticos famosos que pediram a minha libertação, ou das campanhas e ações de grupos de direitos humanos, que se referem às acusações sendo feitas a mim. Eu acredito que estes tipos de atividades podem ser muito úteis para se alcançar a liberdade, e respeitando os direitos humanos da maneira correta pode trazer resultados positivos.
    Eu quero agradecer a todos que estão tentando atingir esse objetivo. Por outro lado, eu gostaria de anunciar que discordo das atividades insultantes que causam estresse e problemas e, infelizmente, são feitas usando como justificação (desculpa) a defesa dos direitos humanos e da liberdade, pois seus resultados são claros e óbvios para mim.
    Eu tento ser humilde e obediente àqueles que estão no poder. Prestar obediência as autoridades que Deus concedeu aos oficiais do meu país, e oro para que eles governem o país segundo a vontade de Deus e sejam bem sucedidos ao fazer isso. Porque sei que, desta maneira, estou obedecendo a Palavra de Deus.
    Eu tento obedecer, juntamente com aqueles que eu vejo estarem numa situação igual a minha. Eles nunca tiveram qualquer queixa, mas apenas deixam que o poder de Deus se manifeste em suas vidas. Embora às vezes lemos que eles usaram esse direito de se defender, pois tinham esse direito. Eu não sou uma exceção e usei todas as possibilidades e agora estou esperando o resultado final.
    Por isso peço a todos os amados que orem por mim como a santa palavra ensina. Por fim, espero que a minha liberdade seja aprovada o mais rápido possível, pois as autoridades do meu país vão decidir segundo a lei e os mandamentos que estabelecem isso.
    Que a graça e a misericórdia de Deus sejam sobre vocês, agora e para sempre. Amém.
    Yousef Nadarkhani

    Traduzido e adaptado de Christian Post

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