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sexta-feira, 8 de junho de 2012

O Evangelho do Reino no Império do Mal - Luciano de Paula Lourenço

Texto Básico: Apocalipse 14:1-7
10/06/2012
“[…] Temei a Deus e dai-lhe glória, porque vinda é a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas”(Ap 14:7).
INTRODUÇÃO
Nesta Aula estudaremos sobre a mensagem do Evangelho no período da “Grande Tribulação”. Apesar de esse período prometer ser o mais sombrio da humanidade, Deus será misericordioso mesmo neste período. A Bíblia diz que Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente, e assim também o será durante a Tribulação. Isso significa que, mesmo depois da Igreja ser arrebatada da Terra, aquele que invocar o nome do Senhor, ainda será salvo. Muitos têm o conceito errado de que, após o Arrebatamento, o Espírito Santo de Deus seria retirado da terra e o restante das pessoas já estaria automaticamente condenado. Isso não é verdade! Em Apocalipse 7:9 João descreve uma grande colheita de almas: “Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, [aglomeradas] de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos”. O versículo diz que é uma multidão que ninguém podia contar. Portanto, muitos se convencerão do pecado durante esse período. São os novos crentes, que se converterão depois do Arrebatamento. Estes crentes se convencerão do pecado durante os julgamentos que Deus enviará ao mundo no período da Tribulação. Deus prova, mais uma vez, que ama todos que se voltam para Ele, mesmo durante o “Império do Mal”.
I. A PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO NO PERÍODO DA “GRANDE TRIBULAÇÃO”
“Porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido” (Mt 24:21). A profecia-chave da escatologia bíblica é a profecia das Setenta Semanas de Daniel(Dn 7:24). Sabemos que a profecia do profeta Daniel se cumpriu até a 69ª Semana, ou seja, falta uma Semana para que seja integralmente cumprida, uma vez que a contagem das semanas parou quando da rejeição de Jesus por Israel.
Observação: “…Houve dois decretos ligados à reconstrução de Jerusalém, que muitos estudiosos da Bíblia confundem. Um em 457 a.C., de embelezamento do templo e restauração do culto, a cargo de Esdras (Ed cap.7). O outro foi o da reconstrução dos muros e, portanto, da cidade, a cargo de Neemias. É deste que estamos tratando - foi baixado o ato em 445 a.C. A partir daí, começaria a contagem das setenta semanas proféticas.(…). Os 434 anos vão de 397 a.C. até os dias da morte de Cristo. Logo depois ocorreu a destruição de Jerusalém pelos romanos, em 70 d.C. Conforme o versículo 26, após a morte de Jesus seguiu-se a destruição de Jerusalém. Assim, de acordo com a profecia (Dn 9:26), o Messias morreria antes da destruição da cidade, o que de fato ocorreu.(…). O ano 33 do nosso calendário corresponde ao 29 do calendário correto, mas inexistente….” (Antonio GILBERTO. O calendário da profecia, p.64). Tendo ocorrido a rejeição do Messias, segundo a profecia das setenta semanas, o Messias foi retirado, sobrevindo a destruição de Jerusalém pelo povo do futuro príncipe, que destruiu a cidade e o santuário(cf Dn 9:26). A partir de então, diz a profecia, estariam determinadas guerras e assolações e, indubitavelmente, a Palestina tem sido palco de guerras desde então e o povo judeu, que é o objetivo da profecia (cf. Dn 9:24), tem sofrido perseguições impiedosas. Jerusalém tem sido pisada pelos gentios, porque estamos no tempo dos gentios e isto acontecerá até que este tempo se complete (Lc 21:24).
1. O que é a “Grande Tribulação”. Segundo o pastor Antonio Gilberto, a palavra tribulação significa literalmente “comprimir com força”, como se faz com as uvas no lagar, ou com a cana-de-açúcar no moinho. Ao lermos o livro do Apocalipse, temos a nítida demonstração de que a “Grande Tribulação” é um período de juízo divino. É o período em que Deus tratará com a humanidade que rejeitou a Seu Filho. É o período do “grande dia da Sua ira” (cf Ap 6:17a). O elemento importante que marcará o início da Grande Tribulação é, precisamente, o acordo político que será firmado entre o Anticristo e Israel, um pacto de sete anos de duração, em que o Anticristo reconhecerá o domínio de Israel sobre a área do Templo reconstruído de Jerusalém e, em troca, Israel reconhecerá a soberania do Anticristo sobre o mundo. O Anticristo será reconhecido como o Messias pelos judeus que, então, estarão governando o país. Este pacto parecerá pôr fim ao conflito do Oriente Médio e será um elemento importantíssimo para que todo o mundo veja no Anticristo o líder mundial pela paz e traga ao mundo a sensação de que se chegou, finalmente, ao período tão almejado de paz e segurança no mundo. Mal sabem eles que, assim como afirmam as Escrituras, “…quando disserem: há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição…”(1Ts 5:3). Este ponto é o primeiro que é mencionado por Daniel ao tratar da septuagésima semana (Dn 9:27). Há teólogos que se precipitam em afirmar que esse terrível e aterrorizante evento escatológico não acontecerá. Estes deveriam atentar para o que o Senhor Jesus disse em Mateus 24:21: “nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido, nem haverá jamais” (ARA).
2. Fases da Grande Tribulação. Quando analisamos a profecia das setenta semanas de Daniel (Dn 7:24,25) e a revelação contida em Apocalipse 11:2,3;12:6;13:5, observamos que a Grande Tribulação será dividida em dois períodos, cada um de três anos e meio (ou 42 meses, ou, ainda, 1.260 dias). O primeiro período é chamado simplesmente de ‘Tribulação’. O segundo, que é o pior, é denominado ‘Grande Tribulação’. Os dois períodos compreendem a ascendência e governo do Anticristo. Dos sete anos de tribulação, os piores serão os últimos três anos e meio (Ler Daniel 7:25 e Apocalipse 13:1-8). Nessa segunda fase, o Anticristo romperá a aliança feita com os judeus, e começará a persegui-los. Tal fato ocorrerá quando ele exigir adoração a si mesmo e os judeus a recusarem. Os ’santos’ perseguidos pelo Anticristo, referidos em Daniel 7:21,25 e Apocalipse 13:7, são em primeiro plano os israelitas, mas também os gentios crentes, os quais serão martirizados. O sofrimento nesse tempo será de tal monta que se durasse mais algum tempo ninguém escaparia com vida. Disse Jesus: “Porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido, e nem haverá jamais. Não tivesse aqueles dias sido abreviados, e ninguém seria salvo; mas por causa dos escolhidos tais dias serão abreviados” (Mt 24:21,22). Vejamos com mais detalhe, embora resumidamente, esses dois períodos futuros que está por vir:


a) a primeira metade dos sete anos. Esse período é chamado por alguns estudiosos de “Tribulação“. Será o período de consolidação do poder do Anticristo. Neste período, o Anticristo, que conquistou o poder mediante o acordo das dez nações, sairá, como diz o primeiro selo do livro do Apocalipse, para vencer (Ap 6:2). Fará um pacto de não-agressão com Israel e, ao mesmo tempo, imporá seu domínio sobre três das nações que o apoiaram em sua subida ao poder. Ninguém lhe resistirá e, com suas guerras, exterminará os inimigos, instalando seu regime político ditatorial, ao mesmo tempo em que o falso profeta reunirá em torno de si todas as religiões do mundo. Demonstrará grande habilidade e trará um período de prosperidade e de sensação de paz e de segurança aos seus súditos, levando todos a aceitá-lo como o “salvador do mundo”. Seus poderes sobrenaturais também serão exercidos, de tal modo a iniciar um movimento de adoração ao seu nome. Neste período, também, apesar de o Espírito Santo não mais oferecer resistência ao Anticristo, levantará as duas testemunhas e os 144 Mil homens que iniciarão a pregação do Evangelho do Reino. O Anticristo iniciará a perseguição a este grupo.
b) a segunda metade dos sete anos. Esse período é chamado por alguns estudiosos de “Grande Tribulação“. Seu início será com a violação do pacto entre o Anticristo e Israel, quando o Anticristo, já senhor da situação político-econômico-religiosa de todo o mundo, estabelecerá a adoração ao seu nome, bem como quererá ser adorado como deus no Templo de Jerusalém; e o fará, mandando cessar o sacrifício no terceiro templo e ali colocando sua imagem (cf 2Ts 2:4; Ap 13:15). Muito provavelmente, por este tempo, se difundirá a mentira da sua suposta ressurreição e o falso profeta fará os sinais e prodígios que levarão quase todos a adorar o Anticristo.
3. A Igreja passará pela Grande Tribulação? Não. Não passará. A revelação retratada pelo apóstolo Paulo é que o povo de Deus será tirado do mundo, no aparecimento de Jesus Cristo (1Ts 4:17). E, se é “depois disso” que será revelado o “Iníquo”, então estamos diante de uma prova contundente de que a Igreja não passará pela Grande Tribulação! O apóstolo Paulo é claro ao afirmar que este período da história terá como finalidade julgar todos os que não creram na verdade, mas antes, tiveram prazer na iniquidade (2Ts 2:12). Ora, se a Grande Tribulação é um juízo para aqueles que não aceitaram a Cristo, por que haveria de a Igreja sofrer, vivendo na Terra  durante este período? Como poderíamos dizer que Deus é o Justo juiz (Jr 11:20; 2Tm 4:8), se estabelecesse um juízo por causa da rejeição de Jesus e o derramasse tanto sobre os que creram em Jesus quanto os que nEle não creram? “Antes de o Cordeiro de Deus desatar o primeiro selo, dando início a uma série de juízos (Ap 6), João viu os 24 anciãos diante de Deus, no Céu (Ap 4:4). Eles representam a totalidade da Igreja: as doze tribos de Israel e os doze apóstolos de Cristo. E isso prova que, desde o início da Grande Tribulação, os salvos já estarão no Céu! “(Ciro Sanches Zibordi - Teologia Sistemática Pentecostal - p. 512).
4. Haverá Salvação durante a Grande Tribulação?  Claro que sim! A salvação é uma realidade que vai além da dispensação da graça. A dispensação da graça, dizem-nos as Escrituras, começou com Jesus Cristo (João 1:17), mas a salvação é destinada a todos os homens, de todos os tempos (1Tm 2:4). Muitos não aceitam que haverá salvação nesse período, e dizem: “Como pode haver salvação nessa época, quando a Dispensação da Graça estará finda e o Espírito Santo já terá arrebatado a Igreja?” Diz o pr. Antonio Gilberto que perguntar assim é ignorar o plano de Deus através da Bíblia, para com o homem que Ele criou. Ele responde com outra pergunta: “Como o povo se salvava antes da Dispensação da Graça, e, como operava o Espírito Santo nessa época?”. O povo se salvava pela fé no Redentor que havia de vir. Isso era também salvação pela graça (Ler Atos 15.11; Ef 1:4; 1Pe 1.19.20). Eles também tinham o Evangelho (Gl 3.8; Hb 4.2)…”(calendário da profecia, p.58). Assim, o fato de, com o arrebatamento da Igreja, ter terminado a dispensação da graça, em absoluto significa que Jesus tenha deixado de salvar. Porém, as Escrituras são claríssimas ao afirmar que a salvação na Grande Tribulação exigirá o martírio, ou seja, para que alguém seja salvo, além de crer em Jesus com toda esta dificuldade de ordem espiritual, terá de morrer por causa do testemunho de Jesus e do amor pela Palavra de Deus. Na Grande Tribulação, a salvação dependerá do derramamento do próprio sangue, além da fé no poder do sangue de Jesus. A Bíblia diz, claramente, que o Anticristo destruirá os santos do Altíssimo (Dn 7:25) e que os salvos serão mortos (Ap 6:9). Em Apocalipse 7:4-8 vemos uma multidão de judeus salvos na Terra. Em Apocalipse 8:9-11 e 7:9-17 vemos uma multidão de gentios e judeus salvos, no Céu, porém saídos da Terra, após sofrerem martírio. No meio dessa multidão estarão aqueles que não subiram no arrebatamento, e, despertados por tal fato, decidiram permanecer fiéis, a despeito de toda e qualquer prova e sofrimento. É preciso deixar bem claro que a salvação na Grande Tribulação será muito mais difícil e árdua do que a salvação na nossa atual dispensação. Atualmente, a salvação é acessível a tantos quantos crerem em Jesus. Hoje, temos o Espírito Santo atuando diretamente em cada coração, buscando convencer o homem do pecado, da morte e do juízo (João 16:7-11). Entretanto, na Grande Tribulação o Espírito Santo não mais atuará diretamente, mas, bem ao contrário, voltará a atuar como o fazia nas dispensações anteriores, ou seja, através de pessoas previamente escolhidas por Deus, através das quais a mensagem do Senhor será divulgada, pessoas estas que são as “Duas Testemunhas” mencionadas em Apocalipse 11 e os 144 Mil citados em Apocalipse 7. Assim, dizer que uma pessoa que estava despercebida quando da vinda de Jesus vai logo se conscientizar de que Jesus veio e vai se arrepender é algo com o que não podemos concordar, porque o processo do arrependimento instantâneo que presenciamos na nossa atual dispensação é obra da atuação ilimitada do Espírito Santo, que não mais estará ocorrendo após o arrebatamento da Igreja.
II. A PROCLAMAÇÃO DOS MÁRTIRES
No “Império do Mal” os mártires darão grande testemunho de sua fé inabalável em Cristo Jesus. Se suas vozes forem abafadas, suas atitudes falarão tão alto que incomodarão a tríade Satânica. O quinto selo mostra que, desde a primeira metade da Grande Tribulação, não tendo ainda o domínio completo do mundo, o Anticristo iniciará uma cruel perseguição contra aqueles que professarem o nome do Senhor Jesus. As Escrituras dizem que ele se levantará contra tudo o que significa Deus e, sem dúvida, aqueles que, mesmo em meio ao período de grande opressão que serão aqueles dias, chegarem a crer em Cristo, serão alvo do ódio do Iníquo, que providenciará meios de combatê-los, combate em que sairá vencedor, pois a Bíblia diz que, nesta batalha, os santos do Altíssimo sempre serão derrotados do ponto-de-vista físico, ou seja, serão mortos(Dn 7:25; Ap 13:7). Em Apocalipse 13:15 está escrito que serão mortos todos os que não adorarem a imagem do Anticristo. É bom enfatizar que os tais santos mortos são os mártires da Grande Tribulação, e não a Igreja, que já terá sido arrebatada. Quando lemos Ap 7:9, fica claro que os mártires são provenientes de todas as nações, tribos, povos e línguas, ou seja, tanto judeus quanto gentios. Nem se diga que estas pessoas são os salvos arrebatados (como defendem os midi-tribulacionistas), porque a Bíblia afirma que estes vieram de Grande Tribulação (Ap 7:14) e, mais, que estavam com vestidos brancos, vestidos que lhes foram dados quando da revelação do quinto selo (Ap 6:11), a mostrar que se trata do mesmo grupo de cristãos. III. A PROCLAMAÇÃO DOS 144 MIL
Também, na primeira metade da “Grande Tribulação”, apesar de o Espírito Santo não mais oferecer resistência ao Anticristo, 144 mil homens escolhidos de Israel proclamarão com grande pujança o Evangelho do Reino, não tendo por preciosas as suas vidas.
1. A identidade dos 144 mil. São chamados de “servos do nosso Deus” (Ap 7:3), provenientes das tribos dos filhos de Israel (Ap 7:4-8). Talvez sejam os primeiros convertidos de uma grande colheita de almas ganhas para Deus, dentre todas as nações e tribos e povos e línguas, durante a Tribulação (Ap 7:9). São servos anônimos, a exemplo daqueles sete mil que serviram a Deus no tempo de Elias (1Rs 19:18), os quais não deixaram nem permitiram que a apostasia de Israel fosse total; ou como os crentes anônimos de Chipre e de Cirene que, sem serem identificados, iniciaram a evangelização dos gentios na igreja primitiva (At 11:20,21). Estes homens serão os responsáveis pela pregação da Palavra de Deus e pela salvação de muitos na Grande Tribulação. O texto bíblico diz que estes homens não se contaminarão com o mundo e se manterão fiéis ao Senhor (Ap 14:3-5), mas, também, como são vistos na glória, juntamente com o Cordeiro (Ap 14:3), é percebido que também irão ser mortos pelo Anticristo e pelo Falso profeta no desempenho de seu ministério.
2. A elevada posição dos 144 mil. Os 144 mil escolhidos receberão um “selo” na testa, algo visível (Ap 7:3) da parte de Deus, que os protegerá de maneira sobrenatural durante algum espaço de tempo. Deus assinalará ou marcará as suas testas para indicar a sua consagração a Deus e que pertencem a Ele (cf Ap 9:4; ler Ez 9:1-6). Todavia, isso não os protegerá das perseguições e do martírio, haja vista o que está escrito em Apocalipse 7:13,14. Tal marcação denota a proteção que eles terão quanto aos juízos divinos sobre o mundo (Ap 9:4). O Cordeiro os honrará por sua fidelidade, como lemos em Apocalipse 14:3-5: “E cantavam um cântico novo diante do trono e diante dos quatro animais e dos anciãos; e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra. Estes são os que não estão contaminados com mulheres, porque são virgens. Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai. Estes são os que dentre os homens foram comprados como príncipes para Deus e para o Cordeiro. E na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis diante do trono de Deus”.
IV. A PROCLAMAÇÃO DAS DUAS TESTEMUNHAS
Além dos 144 mil escolhidos por Deus e capacitados pelo Espírito Santo para Proclamar o Evangelho no “Império do Mal”, Duas Testemunhas, que serão os dois últimos profetas do Senhor na história da humanidade - que terão um ministério público -, também atuarão na obra de Deus durante esse período tenebroso da história humana, com grande poder, e também farão grandes sinais (ler Ap 11:3-6), a fim de que todos os seres humanos, na Terra, ouçam a Palavra de Deus, não tendo nenhuma desculpa no dia do Juízo  Final. Essas Duas Testemunhas entrarão em cena nos primeiros 1260 dias (3 anos e meio iniciais) do período de Tribulação. Durante o seu ministério, o adversário não terá domínio sobre elas, pois serão ungidas pelo Senhor e receberão de Deus o poder para executarem o seu ministério (Ap 11:3-6), o que é a clara demonstração de que o Senhor, mesmo durante a Grande Tribulação, não perderá o controle sobre os acontecimentos, sobre o Universo. Enquanto elas não cumprirem a sua missão, ninguém poderá vencê-las: “se alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá da sua boca e devorará os seus inimigos; e se alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim seja morto” (Ap 11:5). Isso é uma prova de que Deus protege os seus mensageiros (cf. At 12:11). Muito se especula a respeito da identidade destas duas testemunhas. Sabe-se pela Bíblia que serão dois homens dotados de grande poder, fazendo com que não chova em Israel por 1260 dias. Também terão o poder de transformar água em sangue. Por esta razão, alguns argumentam que essas Duas Testemunhas serão Moisés e Elias, pois ambos já realizaram estes milagres descritos em Apocalipse 11:6. Outros imaginam ser Enoque e Elias, porque ambos não passaram pela morte (Gn 5:24 e 2Rs 2:11). É dito, ainda, que ambas as testemunhas seriam oliveiras e castiçais que estariam diante de Deus (Ap 11:4), indicando que se trata de pessoas que, atualmente, estão diante do Senhor no Céu. Porém, não devemos ir além do que a Bíblia nos diz, e ela silencia sobre isso. Após o tempo de seu ministério, que será durante a primeira metade da Grande Tribulação, o Senhor permitirá que essas Duas Testemunhas sejam mortas pelo Falso profeta, que, assim, demonstrará o seu poderio e, com este grande sinal, cristalizará o poder do Anticristo e levará todas as multidões a aceitar adorá-lo (Ap 11:7-10). Os corpos delas ficarão expostos durante três dias e meio (Ap 11:9). O povo que ama ao Anticristo se alegrará com este acontecimento(Ap 7:10). Mas depois disto, Deus as ressuscitará e as fará ascender aos céus. E logo em seguida, haverá um grande terremoto, e sete mil homens morrerão. Os que restarem ficarão muito atemorizados e darão glória ao Deus do Céu (cf Ap 11:11-13). Isso comprova que o trabalho desses dois servos do Senhor não será em vão. Quando a Palavra do Senhor é pregada com verdade, sempre há “alguns” que lhe dão ouvidos (Mt 13:23; At 17:34). V. A PROCLAMAÇÃO DO ANJO
“E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo”(Ap 14:6). Durante a segunda metade da tribulação, o evangelho de Cristo, também, será proclamado por um anjo (ou anjos) ao mundo inteiro, advertindo-o com clareza e poder. É um alerta à humanidade para temer a Deus, dar-lhe glória e adorá-lo, e não ao Anticristo (Ap 7:9-12). O tema do Evangelho é descrito em Ap 14:7 - “Temei a Deus e dai-lhe glória, porque vinda é a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o Céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas“. A ordem aqui é para que os homens temam a Deus, e não ao Anticristo; a fim de lhe darem glória em vez de glorificar um ídolo, e de O adorarem em vez de prestar culto a meros homens. É evidente que existe apenas um Evangelho, a saber, as boas novas da salvação por meio da fé em Cristo. No entanto, o Evangelho pode apresentar ênfases distintas em diferentes dispensações. Durante a Grande Tribulação, o Evangelho buscará afastar os homens do culto ao Anticristo e prepará-los para o Reino de Deus na Terra.

CONCLUSÃO

Pelo que foi exposto, e, principalmente, pelo que a Bíblia Sagrada demonstra, não há dúvida de que na Grande Tribulação, ou melhor, no Governo do Anticristo - o “Império do Mal” -, haverá milhões de conversões. Como vimos aqui neste estudo, embora haja salvação na Grande Tribulação, seu preço será muito maior que o verificado na dispensação da graça. Se hoje já enfrentamos tribulações por causa de nossa fé em Cristo Jesus, quanto mais naqueles dias. Zelemos, portanto, pelo bem mais precioso que Deus nos proporcionou: a Salvação e a promessa da vida eterna. Jesus Cristo está voltando! Maranata! Ora vem, Senhor Jesus!

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