Novas ruínas arqueológicas lançam luz sobre Davi
A
figura do rei Davi foi mito ou realidade? Essa é uma pergunta sobre a qual
arqueólogos israelenses têm se debruçado há muitas décadas. E acabam de surgir
novas pistas: três caixas talhadas em pedra. Com cerca de 20 centímetros, os
artefatos eram utilizados para guardar objetos sagrados, acreditam os
arqueólogos da Universidade Hebraica de Jerusalém e da Direção Israelense de
Antiguidades, que encontraram as peças nos arredores da cidade de Beit Shemesh,
a cerca de 35 quilômetros de Jerusalém. Duas das caixas são rosadas e têm uma
espécie de pórtico, cuja descrição aparece no Primeiro Livro dos Reis. E suas
alturas são exatamente o dobro de suas larguras, como em prédios achados em
Jerusalém, o que parece provar a conexão entre a cidade bíblica de Shearaim e a
Jerusalém de Davi.
Segundo
o arqueólogo Yosef Garfinkel, um dos responsáveis pelo achado, as caixas
permitirão interpretar algumas descrições que a Bíblia faz dos reinados de Davi
e Salomão. Para o pesquisador, os últimos achados reforçam a corrente que vê na
Bíblia, como em qualquer outro texto de sua natureza, um relato fidedigno do
que poderiam ser alguns eventos históricos.
“A
exatidão das descrições não nos deixa outra opção, e quem não acredita deverá
também explicar como é possível semelhante similaridade”, declarou Garfinkel.
Mas
quem seria Davi? Nome de origem hebraica, cujo significado é “querido” ou “amado”,
Davi foi um dos reis de Israel e o responsável por fazer o maior livro bíblico:
os Salmos. Sua figura é particularmente importante para as culturas cristã,
judaica e islâmica. No islamismo, é visto como profeta e rei de uma nação; no
judaísmo, é encarado como o maior dos reis entre os homens, e no cristianismo Davi é um dos ancestrais do pai adotivo de Jesus, o
carpinteiro José.
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