Museu de Arqueologia Bíblica em São Paulo
Arqueologia é uma profissão cheia de glamour para
quem vê de fora. Foi muito popularizada por filmes como os das sagas
“Indiana Jones” e “Lara Croft – Tomb Raider”, que deram ao público a
ideia de aventureiros que fazem de tudo para pôr as mãos em artefatos
históricos. Em parte é verdade, pois os arqueólogos passam por vários
desafios e perigos, mas com um ar bem mais sério que o mostrado nas
telas por Hollywood. Um ramo pouco noticiado é o da arqueologia bíblica,
cujo objetivo é o de legitimar passagens e aspectos descritos nas
Sagradas Escrituras com objetos datados de milhares de anos. Muitas
dessas peças encontradas estão no único museu do setor na América
Latina: Museu de Arqueologia Bíblica Paulo Bork, no município paulista
de Engenheiro Coelho, na região de Campinas. Mantido pelo Centro de
Pesquisas Ellen G. White, ele fica no campus da Universidade Adventista
de São Paulo (Unasp) daquela cidade. Aberto no ano 2000, conta hoje com
cerca de 250 peças raras, 80% delas legítimas e o restante relíquias de
origem comprovada. As mais antigas datam da época de Abraão, algo em
torno de 2,3 mil anos antes de Cristo.
Lâmpadas, pedras e tijolos com escrita cuneiforme, estatuetas, cerâmicas, maquetes, armas, ferramentas, moedas como as recebidas por Judas para trair Cristo e utensílios como pregos usados em crucificações estão dispostos com as devidas orientações. Tudo está sob a responsabilidade do fundador do museu, o professor, teólogo, pastor e arqueólogo Rodrigo Pereira da Silva (foto), que fez cursos na Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel, e pós-doutorado em arqueologia na Universidade de Andrews, nos Estados Unidos. Silva já fez expedições e escavações em Israel, Jordânia, Sudão e Espanha. Descobertas suas estão em importantes museus internacionais e também no Paulo Bork.
As peças do acervo são do período entre 2300 antes de Cristo até perto da época do descobrimento do Brasil, no ano de 1500. São provenientes de escavações em lugares como Israel, Egito, Líbano, Sudão, Jordânia, Síria, Espanha e Itália.
A múmia em tamanho natural, logo na entrada, é apenas uma réplica. Entre várias curiosidades, imagens de entidades “protetoras” do lar, de lavouras e de propriedades, evidenciando a idolatria que vários israelitas teimavam em manter, mesmo após os ensinamentos de Deus. Há outros tipos de ídolos, como o terafim, pequena estatueta que funcionava como a escritura de terras, como as que Raquel roubou de Labão, seu pai, para entregar ao marido, Jacó. Quem a mantivesse seria o verdadeiro dono do imóvel. Há dois terafins originais no museu.
Uma peça muito importante do museu Paulo Bork é um tijolo (foto abaixo) com inscrições que comprovam a existência do rei Nabucodonosor e de seu reino, a Babilônia, cujas existências eram objeto de dúvida por muitos estudiosos até pouco tempo atrás.
O Museu de Arqueologia Bíblica Paulo Bork, aberto ao público em geral, fica na Estrada Municipal Pastor Walter Boger (também conhecida como Vicinal Walter Boger), s/nº, km 3,4, em Engenheiro Coelho, interior paulista. O acesso é pela Rodovia SP-332, km 160. Mais informações pelo telefone (019)3858-9033.
(Arca Universal)
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