Um documentário que mostra a produção de uma peça onde Jesus Cristo é
visto como um homem gay atraiu a ira de grupos cristãos na cidade de
San Francisco. Porém, os defensores do movimento LGBT estão exigindo que
o filme seja exibido neste final de semana no Teatro Castro.
O senador Mark Leno, além de políticos e teólogos favoráveis aos gays
dizem que planejam defender os direitos dos cineastas mostrarem seu
trabalho.
“Eu não sou teólogo nem historiador da religião, e eu não sou
cristão”, disse o vereador Wiener. “Mas pelo que entendi, Jesus
significa muitas coisas para um monte de pessoas diferentes… ninguém tem
o monopólio sobre o significado de uma religião em particular”.
Um grupo católico da Pensilvânia, que defende o ativismo e prega
sobre as aparições da Virgem Maria pensa diferente. De acordo com seu
website, o grupo “América precisa de Fátima” reuniu mais de 13.500
assinaturas em uma petição formal. Eles desejam proibir a exibição do
que classificam como uma “brincadeira b homossexual blasfema” e exige um
“pedido de desculpas público a Nosso Senhor Jesus Cristo e todos os
americanos tementes a Deus.”
O grupo não aceita ver Jesus na peça “supostamente” tendo “relações
sexuais” com seus apóstolos. O documentário, intitulado “Corpus Christi:
Brincando com a redenção”, registrou atores e produtores que montaram a
primeira versão teatral do texto de Terrence McNally, de 1998. “Corpus
Christi”, mostra Jesus vivendo na década de 1950 no Estado americano do
Texas. Não há cenas de relações sexuais explícitas, mas os diálogos
deixam claro que há uma relação homossexual sendo retratada.
Um porta-voz dos que defendem a exibição do filme, diz que os atores
já foram vítimas de “ameaças” de bomba, e-mails ofensivos, comentários
discriminatórios no YouTube e inclusive assédio moral da mãe do diretor.
Em um comunicado, os produtores disseram que agradecem o apoio daqueles
que defendes a diversidade.
“Não temos dúvida que a mensagem do amor inclusivo de Deus pelas
pessoas LGBT revelada em “Corpus Christi” vai abafar as expressões de
ódio daqueles que atacam a peça e o filme sem nunca o terem visto”,
disse o diretor Nic Arnzen.
O senador Leno disse que o assunto “não é fácil”, mas que “na mesma
medida que é difícil, também é importante.” Sobre as ameaças de bomba
feitas ao teatro, disse que “Preciso colocar isso na mesma categoria dos
extremistas muçulmanos. Este é um aspecto infeliz da religião, e digo
isso como uma pessoa de fé.”
A exibição de domingo do documentário será complementada por
apresentações da peça em diferentes lugares de San Francisco. A cidade
testemunhou na última Páscoa um concurso para escolher o sósia gay de Jesus mais “gostosão”.
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