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sexta-feira, 18 de maio de 2012

Estudo mostra que religião pode ser antídoto contra a depressão

Uma nova pesquisa está preocupada com a influência da religião no desenvolvimento da depressão em crianças cujos pais sofriam anteriormente com a doença. Os resultados chamaram atenção.
O artigo foi publicado no início do ano pela revista American Journal of Psychiatry, que trata de assuntos relativos a psicologia e psiquiatria. Lisa Miller, Priya Wickramaratne e outros autores já haviam estudado e mostrado alguns anos atrás que a associação inversa entre espiritualidade e depressão é maior entre os adultos. Eles descobriram que pessoas com uma “espiritualidade ativa” correm um risco menor de sofrer com a depressão. A espiritualidade foi estudada apenas em pessoas que se definem como cristãs (católicas ou evangélicas).
Esses mesmos estudiosos vêm fazendo uma investigação detalhada sobre o assunto do ao longo dos últimos 10 anos. O foco é comparar as crianças de pais que sofrem com depressão com os filhos de pais que não possuem histórico de depressão.
As crianças que relataram aos 10 anos de idade que a religião (ou espiritualidade) era muito importante para elas tiveram apenas 25% de risco de passar por uma depressão maior entre os  10 e os 20 anos em comparação com outros participantes da mesma idade que não eram de famílias religiosas.
Curiosamente, os filhos de pais que sofriam com a depressão e consideravam a espiritualidade importante foram os mais protegidos dos efeitos negativos causados pela depressão. Esse grupo possuía cerca de apenas 10% de chances de sofrer com esta doença.
Participaram do estudo 114 crianças (hoje adultas), filhas de pais deprimidos e não deprimidos. A análise abrangeu o período entre os 10 e os 20 anos de idade. O diagnóstico foi avaliado com o Programa de Transtornos Afetivos e Esquizofrenia.
A medição de religiosidade incluiu a importância pessoal da religião ou da espiritualidade, a frequência de participação em reuniões religiosas, e o nome da igreja (evangélica ou católica).
O estudo concluiu que a avaliação da religião ou espiritualidade como de “alta importância” pode ser um elemento protetor contra a recorrência da depressão, particularmente em adultos com história de depressão parental.

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