Origem Pagã da Semana Santa [Parte 1]
Introdução
Jesus representa o elo comum entre as
duas religiões com maior quantidade de adeptos no mundo, o Cristianismo e
o Islamismo. O seguinte estudo da mensagem de Jesus e sua pessoa se
baseiam neste vinculo. É nosso desejo que através deste estudo, tanto
muçulmanos como cristãos entendam melhor o significado de Jesus e a
importância de sua mensagem.
No entanto, para que possamos identificar
com precisão a verdadeira mensagem de Jesus, temos que manter um ponto
de vista objetivo ao decorrer da investigação. Não devemos deixar que as
emoções ofusquem nossa visão e termine nos cegando da verdade. Devemos
prestar atenção a todos os temas de maneira racional e separar a verdade
da mentira – com ajuda do Todo Poderoso.
Quando vemos a quantidade de falsas
religiões e crenças desviadas que existem no mundo e o empenho com que
seus seguidores sustentam essas crenças, se torna evidente que essas
pessoas não podem encontrar a verdade devido o seu compromisso cego com
essas crenças. Seu obstinado apego normalmente não está baseado em um
entendimento intelectual dos ensinamentos, mas sim em poderosas
influências culturais e emocionais. Dado que foram criados em uma
família ou sociedade em particular, agarrando-se assim firmemente as
crenças dessa sociedade, crendo que esta contém a verdade.
A única
maneira em que podemos encontrar a verdade sobre qualquer coisa é
encará-la de maneira lógica e sistemática. Primeiro, devemos pesar as
evidências e depois julgá-la mediante a inteligência que Deus nos deu.
No mundo material, a inteligência é fundamentalmente o que distingue os
humanos dos animais, os quais agem meramente por instinto. Depois de
determinar qual é a verdade objetiva, devemos nos comprometer com ela
emocionalmente. Sim, há lugar para o compromisso emocional, mas este
deve vir depois de uma compreensão racional de todos os assuntos. O
compromisso emocional é essencial, dado que é evidência de um verdadeiro
entendimento. Quando alguém entende plena e corretamente a realidade do
assunto, está preparado mentalmente e espiritualmente para sustentar
com força essa realidade.
No Islam é proibido celebrar qualquer
festividade ou acontecimento que tenha origens pagãs o que no tenham uma
evidência nos textos das fontes do Islam: O Alcorão e a Sunnah.
Disse Allah [significado em português]: “E
por dizerem: Matamos o Messias, Jesus, filho de Maria, o Mensageiro de
Allah. Ora, eles nem o mataram nem o crucificaram mais isto lhes foi
simulado. E, por certo, discrepam a seu respeito estão em duvida acerca
disso. Ele não tem ciencia alguma disso, senão conjeturas que seguem. E
não o mataram seguramente”. [Surah An-Nissa’ 4: 157]. Ao
comparar este versículo do Sagrado Alcorão com as diferentes celebrações
realizadas durante a Semana Santa, em especial as da Igreja Católica, o
muçulmano e o sincero buscador da verdade, não podem senão desconfiar e
questionar a autenticidade destes atos. Um argumento comum apresentado
por aqueles que apóiam estas tradições disfarçadas em formas de culto, é
que estas não têm relação alguma com o paganismo e que elas estão
sustentadas pela Bíblia e a tradição cristã. Também alegam que os
muçulmanos e os críticos, ao não acreditarem na autenticidade absoluta
da Bíblia, carecem de autoridade para defender os seus argumentos.
É neste sentido que achamos conveniente
reproduzir a opinião dos seguidores do cristianismo e da Bíblia que se
opõe e debatem por sua vez, com evidências históricas e escrituras
consideradas válidas pela tradição judaico-cristã sobre celebração da
Semana Santa.
Páscoa, Quaresma, Jejum e Abstinência
Na língua portuguesa, a palavra “Feira” anexa no dia da semana tem sua origem na Idade Média devido à liturgia católico-romana a qual se chamava “Feria”. O domingo é derivado do latim “dies Dominica”,
dia do Senhor, considerado o último da semana para os cristãos. Ou
seja, o sétimo, quando Deus descansou da criação do mundo. Era no dia da
missa [domingo] que havia maior aglomeração de pessoas e, por isso, os
agricultores se reuniam em torno da igreja para vender seus produtos - o
primeiro dia de feira. O dia seguinte, consequentemente, era o segundo,
a segunda-feira. E daí por diante até chegar o sábado, cuja origem é o
termo hebraico “shabbatt”. Por iniciativa de Marinho de Dume, que denominava os dias da semana da Páscoa com dias santos em que não se deveria trabalhar, originando os nomes litúrgicos. E “feira” ficou sendo o nome dos outros dias. Essa é a origem dos nomes dos dias da semana no Português.
Mas se olhamos antes dessa mudança na época do português arcaico, vemos que a palavra usada antes da troca era “Venúsia”. Portugal foi o único país do mundo que adotou os dias da semana derivados quase “ipsis literis”
do Latim eclesiástico. Os nomes antigos dos dias da semana, dados por
outros povos não foram seguidos na língua portuguesa, última das línguas
romanas a se formar. Apenas algumas comunidades no século VI, do atual
território português, e que falavam um português arcaico, usaram nomes
de origem pagã e tais nomenclaturas não chegaram a constituir a língua
portuguesa de fato.
A palavra “Venúsia” [Friday em inglês] deriva do nome “Freija” [saxão], a qual era conhecida como deusa do amor, da beleza e da fertilidade pelos antigos pagãos [Fausset, pág. 232, artigo “Fish”].
Seu símbolo de fertilidade era o peixe, considerado sagrado por essa
deusa. O peixe era conhecido como o símbolo da fertilidade desde a
antiguidade. Da mesma forma também entre os antigos babilônios, os
persas, os fenícios, chineses e outros [Dicionário de símbolos]. A
própria palavra “Peixe” deriva da palavra “Dag” [hebraico], que significa aumento da fecundação [Fausset, pág. 232].
A razão pela qual o peixe foi usado como símbolo da fertilidade é pelo
simples fato de que o peixe tem um alto índice de reprodução. O
bacalhau, por exemplo, põe em média nove mil ovos, e outras espécies
inclusive colocam de dez mil e até um milhão de ovos por ano. Por esta
razão, o peixe tem sido símbolo da fertilidade e foi associado pelos
romanos com Freyja, a deusa da fertilidade, cujo dia comemorativo era na sexta-feira. Daí vem à palavra inglesa “Friday”, que significa “Venúsia” no português arcaico e “Sexta-feira” nos dias de hoje; assim começamos a ver o significado das sextas-feiras e dos Peixes.
A deusa da fertilidade era chamada de “Venus” pelos gregos. Sendo deste nome derivado às conhecidas palavras “venérea” de “doença venérea” [Fausset, pág. 232]. A sexta-feira [venúsia no português arcaico] era considerada como seu dia sagrado [Fausset, artigo “Peixe”], porque se acreditava que o planeta Vênus reinava sobre a primeira hora deste dia e por isto era chamado “Dies Veneris” [dia de Vênus]. E para um maior esclarecimento, o peixe era considerado a oferenda consagrada a ela [Fausset, pág. 205]. Vênus e Freyja eram originalmente a mesma deusa e ambas provinham da original deusa-mãe da Babilônia. O peixe era considerado consagrado a Astaroth, o nome sobre o qual os israelitas utilizavam para adorar a deusa pagã [Fausset, pág. 205]. No Egito antigo, Isis era frequentemente representada com um peixe na cabeça.
A Páscoa Pagã
A palavra “Páscoa” aparece na Bíblia. A origem da palavra é “Pascha” [Hebraico “Pessash”; Grego “Páscha”], a festa prescrita por Jeová [Levitico 23: 27-44]
como Sábado de Expiação em memória a saída do povo de Israel do Egito.
Nas regiões Nórdicas, assim como também na América Latina, o Domingo de Páscoa é
celebrado com vários costumes que provém da Babilônia, tais como o de
pintar ovos de diferentes cores, estes são escondidos para que as
crianças os achem para comê-los. Mas de onde provém este costume? O ovo
era um símbolo sagrado usado pelos babilônios! Eles acreditavam em uma
velha fábula sobre um ovo enorme que acreditava-se ter caído do céu no
Rio Eufrates. Deste maravilhoso ovo – de acordo com essa historia – foi
concedida a deusa Astarte. Por isto, o símbolo do ovo chegou a ser associado a esta deusa [no idioma inglês se usa “Easter” para Páscoa] [Fausset, pág. 105].
Da Babilônia – a mãe das falsas religiões – a humanidade se encheu
destas crenças e toda a terra recebeu a influência da idéia do ovo
místico; por isto encontramos o ovo sendo um símbolo sagrado para muitas
nações:
- Os antigos druidas carregavam um ovo como emblema sagrado de sua fé idólatra [Fausset, pág. 108].
- A procissão de Ceres, em Roma, era precedida por um ovo [Enciclopédia das Religiões, de J.G. Forlong, volume: 2 - pág: 13].
- Na religião de mistérios de Baco se consagrava um ovo como parte na cerimônia festiva. Na China, até hoje, continua-se usando ovos coloridos em seu festival sagrado.
- No Japão, um velho costume consiste em colorir os ovos sagrados de forma muito brilhante. No Norte da Europa, em tempos pagãos, os ovos eram usados como um símbolo da deusa Astarte [Easter - que significa Páscoa em inglês].
- Entre os egípcios, o ovo é associado ao sol – “o ovo dourado” – [idem, pág: 12]. Seus ovos coloridos eram usados como oferenda de sacrifício durante as festas de Astarte [Crenças Egípcias e pensamentos modernos, de James Bonwick, pág: 24].
- No Brasil encontramos também a colomba pascal, o coelho, a compra de roupas novas e o ovo, porém a partir do Séc. XVIII surgiu o ovo de chocolate na Páscoa, em substituição aos ovos duros e pintados que eram escondidos nas ruas e nos jardins para serem caçados.
Na Enciclopédia Britânica diz: “O
ovo, como um símbolo de fertilidade e de renovação da vida, provém dos
antigos egípcios e persas, que também tinham por costume colori-los e
comer-los durante seu festival de primavera”. [pág: 859, artigo
“Easter”].
Da mesma forma, neste caso, foi feita a
analogia que da mesma forma que um pintinho sai do ovo, Cristo saiu da
tumba! Desta maneira os líderes da igreja disseram a seu povo que o ovo
era um símbolo da ressurreição de Cristo. O papa Paulo V decretou uma
oração em conexão com o ovo: “Abençoado, oh Senhor, te pedimos, que
esta tua criação de “Ovos” seja o sustento para teus servos, comemo-los
em memória de nosso Senhor Jesus Cristo”. [As Duas Babilônias, pág: 110].
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